Cachaça
(Mirabeau Pinheiro-Lúcio de Castro-Heber Lobato, 1953)
Você pensa que cachaça é água
Cachaça não é água não
Cachaça vem do alambique
E água vem do ribeirão
Pode me faltar tudo na vida
Arroz feijão e pão
Pode me faltar manteiga
E tudo mais não faz falta não
Pode me faltar o amor
Há, há, há, há!
Isto até acho graça
Só não quero que me falte
A danada da cachaça
Cabeleira do Zéze
(João Roberto Kelly-Roberto Faissal, 1963)
Olha a cabeleira do zezé
Será que ele é...
Será que ele é...
Será que ele é bossa nova
Será que ele é maomé
Parece que é transviado
Mas isso eu não sei se ele é...
Corta o cabelo dele!
Corta o cabelo dele!
Mamãe, eu quero...
(Jararaca-Vicente Paiva)
Mamãe eu quero, mamãe eu quero
Mamãe eu quero mamar
Dá a chupeta, dá a chupeta
Dá a chupeta pro bebe não chorar
Dorme filhinho do meu coração
Pega a mamadeira
e vem entrar pro meu cordão
Eu tenho uma irmã que se chama Ana
De piscar o olho já ficou sem a pestana
Olho as pequenas mas daquele jeito
Tenho muita pena não ser criança de peito
Eu tenho uma irmã que é fenomenal
Ela é da bossa e o marido é um boçal
(Haroldo Lobo-Milton de Oliveira, 1960)
Ê ê ê ê ê índio quer apito
Se não der pau vai comer
Lá no bananal mulher de branco
Levou pra pra índio colar esquisito
Índio viu presente mais bonito
Eu não quer colar
Índio quer apito
(Ivan Ferreira-Homero Ferreira-Glauco Ferreira, 1959)
Ei, você aí!
Me dá um dinheiro aí!
Me dá um dinheiro aí!
Não vai dar?
Não vai dar não?
Você vai ver a grande confusão
Que eu vou fazer bebendo até cair
Me dá me dá me dá, ô!
Me dá um dinheiro aí!
Allah-lá-ô, ô ô ô ô ô ô
(Haroldo Lobo-Nássara, 1940)
Allah-lá-ô, ô ô ô ô ô ô
Mas que calor, ô ô ô ô ô ô
Atravessamos o deserto do Saara
O sol estava quente
Queimou a nossa cara
Viemos do Egito
E muitas vezes
Nós tivemos que rezar
Allah! allah! allah, meu bom allah!
Mande água pra ioiô
Mande água pra iaiá
Allah! meu bom allah
(Chiquinha Gonzaga, 1899)
Ó abre alas que eu quero passar...
Ó abre alas que eu quero passar...
Eu sou da lira não posso negar...
Eu sou da lira não posso negar...
Ó abre alas que eu quero passar...
Ó abre alas que eu quero passar...
Rosa de ouro é que vai ganhar...
Rosa de ouro é que vai ganhar...
Balancê
(Braguinha-Alberto Ribeiro, 1936)
Ô balancê balancê
Quero dançar com você
Entra na roda morena pra ver
Ô balancê balancê
Quando por mim você passa
Fingindo que não me vê
Meu coração quase se despedaça
No balancê balancê
Você foi minha cartilha
Você foi meu ABC
E por isso eu sou a maior maravilha
No balancê balancê
Eu levo a vida pensando
Pensando só em você
E o tempo passa e eu vou me acabando
No balancê balancê
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