quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O Perfil do Professor e a Indisciplina

Pare um minuto para pensar na seguinte hipótese: Se os seus alunos fossem inquiridos sobre o que acham de você, qual seria a resposta deles? Você acha que eles lhe respeitam? Admiram? Ignoram? Considera você uma (um) tirana (no)? Acham sua postura digna? Acham que você é educada (o)? Os seus alunos acham que a sua opinião tem valor e merece ser ouvida?

Mas, o que tem a ver saber o que os alunos pensam de você? Em muitos casos a indisciplina na sala de aula está associada à imagem que os alunos fazem do Professor.

Se algumas das respostas encontradas foram negativas, então você tem um sério problema de relacionamento interpessoal com os seus alunos. Isso ocorre quando o relacionamento ocorre de forma unilateral, ou seja, apenas um dos envolvidos tem a primazia sempre.

Isso ocorre também quando o aluno vê falta de integridade e congruência na fala e no comportamento do Professor, quando isso acontece, tenha certeza, o caminho estará aberto a indisciplina na sala de aula. Afinal quem respeitará um Professor que pede silêncio gritando? Ou que pede para que o aluno seja justo, quando esse mesmo Professor se utiliza de ameaças e intimidações?

O bom relacionamento é uma mão de duas vias, ou seja, implica que ambos saibam ouvir, falar, argumentar para que possam chegar a um consenso ideal na resolução de qualquer questão. Neste tipo de relação ambos conseguem crescer, pois amadurecem tendo de lidar com conflitos e situações limite no dia a dia.

Agora, como isso ocorre no dia a dia da sala de aula e dentro da Escola como um todo? Bem, o Professor precisa sair de uma postura rígida, autoritária e atuar mais como um líder usando de autoridade para gerir o processo pedagógico. Veja abaixo os dois perfis:

O Professor que tem autoridade
O Professor que é autoritário
Sabe conversar, ouvir, falar de modo respeitoso e tranquilo
Grita, vocifera, esbraveja, murmura
Respeita opiniões  e sabe argumentar
ameaça com notas baixas e reprovação,
Sabe mediar conflitos
ameaça com advertências, suspensão, e envio a Coordenação/Diretoria
Discute as regras de forma coletiva
Impõe normas e regras  de forma arbitrária
Sabe realizar gerenciamento da sala e do processo pedagógico
Por não dispor de ferramentas e estratégias sempre se utiliza de coerção

Mas, como sair do modo autoritário e atuar com autoridade? Basta aprender e começar a praticar as atitudes que mudarão o tom desse relacionamento.

O Professor que tem autoridade ganha o respeito e a admiração de todos por que:

- é competente no que faz, pois domina os conteúdos

- tem estratégias criativas para estimular a curiosidade dos alunos

- está sempre por dentro de novas estratégias e novas tecnologias

- realiza sempre cursos de formação continuada

- é modelo de integridade e boas maneiras para todos os seus alunos

- enxerga além do plano de ensino e procura estimular os talentos dos alunos

- procura conhecer como “funciona” a cabeça do jovem, seus interesses e comportamento.

- sabe “traduzir” o conhecimento na linguagem e dentro da realidade da criança e do jovem

O ser humano é um ser emocional, e o seu aluno jamais lhe respeitará apenas porque você tem um diploma dizendo que é o Professor. O respeito e admiração surgirão quando ele tiver certeza do tipo de pessoa que está por baixo do título e do diploma. Esta autoridade é conquistada quando esse aluno comprova que você se importa, quando você demonstra atitudes proativas, bons exemplos e competência naquilo que você faz.

Então é hora de refletir se o relacionamento que você tem hoje com seus alunos é positivo ou não. Se ainda não for, então onde será preciso ajustar? O que deve ser modificado ou melhorado? Só tem um jeito de saber isso: perguntando.  Aqui vai uma tarefa para você fazer amanhã: Peça para os alunos dramatizarem, desenharem, cantarem, e se for preciso: peça para eles falarem!!

Então, ficou curiosa (o) para saber o que eles pensam de você? 
Roseli Brito 


Dica de Leitura:

Taille, Yves de La. Limites: Três Dimensões Educacionais. 152 pags.Ed.Ática
http://www.sosprofessor.com.br/blog/?p=349

Comente aqui...

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Amor e Discernimento

 A mensagem de Jesus revela ao mundo um Deus amoroso e cheio de compaixão.

O Mestre afirma que toda a lei divina resume-se no ato de amar a Deus, ao próximo e a si mesmo.

Conclui-se que a vivência do amor liberta e pacifica as criaturas.

Certamente por isso é instintivo no ser humano o desejo de amar e ser amado.

Nada é mais prazeroso do que passar algumas horas junto às pessoas que nos falam de perto ao coração.

Nossas afeições mais caras, as que cultivamos com mais carinho, constituem consolo nas provações da vida.

Proporcionar alegria a alguém querido causa grande deleite.

Cada qual desenvolve e demonstra afeto na conformidade de seu entendimento e possibilidades.

O cientista que gasta a vida buscando descobrir a cura de doenças evidencia amor à humanidade.

Talvez ele não tenha palavras doces e afáveis para os seus auxiliares.

Pode ser que a preocupação em bem cumprir sua tarefa o torne desatento às expectativas dos que o rodeiam.

Mas nem por isso sua extrema dedicação deixa de ser valiosa demonstração de amor.

O professor sinceramente dedicado ao ensino também exemplifica o amor.

Quiçá seus pupilos o considerem rígido e preferissem alguém menos exigente.

É que identificamos mais facilmente o amor com manifestações de ternura.

A mãe que abraça um filho nos parece amorosa.

Já um pai com postura de educador não transmite essa impressão de candura.

Mas urge reconhecer que a lei do amor não se resume em afagos, sorrisos e pieguices.

Nossos companheiros de jornada, amigos e parentes, são, antes de tudo, filhos de Deus.

Seria pretensão nossa imaginar que possuímos maior capacidade de amar do que a divindade.

E o Pai celestial, embora seu infinito amor, não deixa de permitir que as criaturas cresçam mediante seu próprio esforço e trabalho.

Uma análise criteriosa da vida revela que ela está em permanente transformação e aprimoramento.

As espécies animais, as plantas, a conformação do próprio planeta terra, tudo reflete movimento e metamorfose.

As sociedades terrenas gradualmente vão aperfeiçoando seus códigos e valores.

Assim, a lei do amor inclui a necessidade de burilamento dos seres.

O amor a Deus deve pairar acima de todos os outros sentimentos, pois ele é a origem e o sustentáculo do universo.

Se amamos a Deus, e o mundo que ele criou está em aprimoramento contínuo, devemos nos esforçar para entender as leis que o regem e nos aprimorarmos também.

Do mesmo modo, ao manifestar amor por nosso semelhante, não podemos pretender furtá-lo das experiências necessárias ao seu adiantamento.

Essa compreensão da vida leva-nos a admitir a necessidade de mesclar nosso afeto com parcelas de racionalidade e discernimento.

O amor a um filho, aluno ou amigo, nem sempre implica concordância com suas fantasias e aspirações.

Com freqüência é necessário renunciar à alegria imediata de agradar nossos amores, em prol de seu progresso e de sua felicidade vindoura.

A mãe que se abstém de educar o filho desobediente demonstra mais tibieza do que amor.

Por outro lado, o mestre que exige dedicação é mais precioso para os alunos do que um professor relapso.

O exercício do amor às vezes exige sacrifícios, por contrariar os impulsos mais imediatos do coração.

Esse sentimento é feito de carinho e ternura, mas também de firmeza e retidão de caráter.

Afinal, sendo uma energia sublime, o amor não pode provocar a queda moral do ser amado.

Texto da Equipe de Redação do Momento Espírita.

Recebi lindos Mimos das amigas




Viviani - Harmonia e Arte


Sandra Veneziani - Ao Toque do Amor

 

O Blog Recanto Mineiro comemora
o 5º Aniversário! Parabéns Dulcinéa!
Esse Mimo é pra você. Fiz com muito carinho.
Beijos!!



Comente aqui...

domingo, 28 de agosto de 2011

ANIVERSÁRIO DO BLOG


Tudo começou no dia 28 de agosto de 2008 quando participava do curso Tecnologia em Sala de Aula da Escola Conectada do Instituto Airton Sena – EAC (Espaço de Aprendizagem Colaborativa) e tivemos como 2ª Atividade Aprender a criar um Blog... Parece que foi ontem e hoje aquilo que foi criado só para cumprir uma “tarefa” está completando o 3º Ano. 

Aprendi muita coisa com tudo isso. Cresci muito profissionalmente, mas acima de tudo como pessoa. “Conheci” através desse espaço muita gente que de uma forma ou de outra fizeram parte do meu crescimento. Conquistei muitos amigos virtuais que não diferenciam em nada dos reais e que considero muito. Uma amizade se tornou de fato real, pois tivemos a oportunidade de nos abraçar. 

Quem poderia imaginar que morando no interior da Bahia, eu um dia fosse conhecer de pertinho uma amiga virtual blogueira que morava na cidade de Guarujá, interior de São Paulo???? Pois é, mas aconteceu e foi muito bom, não é mesmo amiga Evanir??? Espero tornar real ainda outras amizades, se Deus permitir.

Nesses três anos blogando, já tenho 1260 postagens, mais de 300 Seguidores e quase 41 Mil Visitas. Pode parecer pouco, mas escolher o que postar e manter o Blog atualizado demanda tempo, disponibilidade e acima de tudo prazer.

Estou muito feliz hoje que o Eterno Aprendiz comemora aniversário e quero dividir com vocês essa alegria. Quero muito agradecer a todos por tudo que me proporcionou com sua atenção, carinho e amizade... por tudo que você me ajudou a realizar aqui nesse espaço...
Que Deus abençoe você por tudo isso... e  não poderia deixar de agradecer a DEUS...

“Grato sou a Ti, ó Deus, pelas bênçãos recebidas,
Pelas horas passadas da noite,
Por esta manhã cristalina em minha alma,
Que muito tem alegrado o meu coração,
Trazendo ricas virtudes para a minha vida.
És o Deus da minha vida, em quem confio,
A quem entrego a minha vida, a minha alma,
O meu coração nesta expressão de louvor.
Seja bendito o teu nome para sempre.
Eu te louvarei enquanto viver,

Em reconhecimento de que as bênçãos que tenho recebido
São obras das tuas mãos paternas e amorosas.”

Para marcar a data fiz um Mimo
pra te oferecer com muito carinho.

Comente aqui...

sábado, 27 de agosto de 2011

Seja Simplesmente Você Mesmo


Não existe nenhum lar, a menos que encontremos um dentro de nós mesmos.

Você vem para este mundo exatamente como um livro não escrito, cheio de páginas em branco.

Você tem que escrever o seu destino. Não há ninguém que esteja escrevendo o seu destino. E quem escreveria? E como? E para quê?

Você vem para este mundo apenas como uma potencialidade em aberto — uma potencialidade multidimensional.

Você tem que escrever o seu destino, tem que criar o seu destino. Você tem que se tornar você mesmo.

Você não nasceu com um “eu” pronto. Você nasceu apenas como uma semente — e também pode morrer assim como uma semente, mas também pode se tornar uma flor, pode se tornar uma árvore.

A vida se compõe de pequenas coisas. Então, se você passar a se interessar pelas chamadas grandes coisas, estará deixando a vida escapar.

A vida consiste em bebericar uma xícara de chá, fofocar com os amigos, sair pela manhã para fazer uma caminhada — sem qualquer destino em particular, só para caminhar, sem rumo, sem finalidade, podendo a qualquer instante dar meia-volta —, cozinhar para alguém que você ama, cozinhar para si mesmo — porque você ama seu corpo também —, lavar suas roupas, limpar o chão, regar o jardim… Essas coisas pequenas, bem pequenas… Dizer olá a um estranho, o que não seria absolutamente necessário, já que não há qualquer interesse sobre ele.

A pessoa que pode dizer olá a um estranho também pode dizer olá a uma flor, também pode dizer olá a uma árvore, também pode cantar uma canção para os passarinhos.

As pessoas o julgaram e você aceitou a opinião delas, sem questioná-las. Você está sofrendo por causa de todos os tipos de julgamento alheios e está despejando esses julgamentos sobre outras pessoas. 

Esse jogo passou dos limites, e toda a humanidade sofre em decorrência dele. Se você quiser se livrar dele, a primeira coisa é: não julgue a si mesmo. Aceite humildemente suas imperfeições, suas falhas, seus erros, suas fraquezas. Seja simplesmente você mesmo. Não é preciso fingir que você é de outro jeito.

Depois que se aceitar, você será capaz de aceitar os outros porque terá mais consciência de que eles estão sofrendo da mesma doença. E a sua aceitação os ajudará a aceitar a si mesmos. Se toda a humanidade chegar ao ponto em que todo mundo é aceito como é, quase noventa por cento do sofrimento simplesmente desaparecerá.

OSHO
http://www.fadadasrosas.com.br
Comente aqui...

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Educando Filhos 2


Coisas a ensinar…

O lar é a primeira e a mais importante escola. Ali os filhos recebem lições que os acompanharão pelo resto da vida. O ensino no lar deve começar bem cedo. Através das atitudes corretas que os pais tiverem, as crianças desenvolverão hábitos de obediência, autodomínio, respeito com o que não lhe pertence, obrigação, prestatividade, gratidão, alegria, reverência e pureza. É também no lar que as crianças devem aprender:

a) Ordem – Mantendo, no lugar, os brinquedos, livros, roupas, calçados, etc. É preciso que elas tenham um lugar determinado para cada coisa.

b) Asseio – Elas devem aprender os hábitos de higiene e de limpeza o mais cedo possível.

c) Princípios sobre saúde – Conhecer o corpo e saber como conservá-lo, através de princípios que você irá aprender na lição 08, como uma boa alimentação, uso correto da água, etc.

d) Habilidades domésticas – À medida que crescem, tanto os meninos quanto as meninas devem receber noções básicas de culinária, tarefas de rotina da casa, como fazer pequenos reparos, etc.

e) Uso do dinheiro – Dê uma mesada semanal para a criança e discuta com ela, com clareza, o que deverá fazer com o dinheiro. Estimule-a a planejar e economizar com inteligência. Isso serve para ajudá-la a aprender a fazer avaliações, aceitar as conseqüências das suas decisões e viver com os problemas que cria para si mesma.

2. Educação sexual

Geralmente os pais ficam ansiosos diante deste assunto, porque se sentem inseguros quanto ao que devem e como ensinar. Existem muitas informações equivocadas sobre o amor sexual, recebidas através da mídia e das tradições.

A maioria dos jovens se informa sobre sexo em conversas com amigos, artigos em revistas, na Internet e pela televisão. Uma porcentagem menor se informa através de irmãos, programas de rádio, escola, livros e conversas na igreja. Mas na realidade, o jovem gostaria de aprender sobre sexo, primeiramente dos pais, depois dos amigos, depois das revistas, dos livros, da web e da TV.

Educação sexual não é um ensino apenas físico, mas também e principalmente, formar conceitos a respeito da sexualidade. Dar orientações sexuais para os filhos constante e crescentemente, à medida que eles vão se desenvolvendo, de forma natural e positiva, serve para:

a) Ensiná-los a dar e receber amor. Pais inteligentes ajudam seus filhos a progredirem, sem dificuldade, em todas as etapas, nesse processo.

b) Ajudá-los a sentir satisfação com o seu papel sexual. Significa fazer com que os meninos tenham uma identificação saudável com o grupo masculino, e as meninas com o grupo feminino. Eles precisam estar seguros do amor dos pais, do jeito que são.

c) Ensiná-los a respeitar seu próprio corpo. Nenhuma parte do corpo é feia, suja ou sem valor. Cada órgão tem um objetivo especial, e não devem ser tocados por qualquer pessoa (deve haver uma sábia alerta contra o abuso sexual).

d) Prepará-los para as mudanças. Compreender e aceitar as mudanças que ocorrem, no seu próprio corpo e no do sexo oposto.
e) Ajudá-los a conhecer e admirar a vida, como ela se inicia. A curiosidade das crianças é uma oportunidade para ensiná-las a história do nascimento, do jeito que ela realmente é, com dignidade e respeito.

f) Ensiná-los sobre comportamento. Se, desde os primeiros anos de vida, a relação com eles for saudável, eles aprenderão a respeitar e aceitar os ensinos dos pais. A obediência aos pais, sem o abuso da autoridade, pode ajudar os filhos a desenvolverem e aprenderem bons comportamentos.

3. Como Disciplinar os Filhos da Forma Certa?

Disciplina não é castigo. É ensinar o caminho em que a criança deve andar. O objetivo é treiná-la para saber autogovernar-se. A disciplina deve começar quando a criança começa a demonstrar sua vontade própria.

Os sentimentos de cordialidade, afeição e amor devem ser temperados com compreensão e autocontrole por parte dos pais. Se os limites não são impostos à criança, ela não se sente amada, mas sim, insegura. A criança encontra a verdadeira liberdade quando descobre seus limites.

Para disciplina, existem alguns métodos:

a) Comunicação – A criança não estará em condições de fazer ou deixar de fazer nada, até que lhe seja comunicado, de forma clara, o que dela se espera.

b) Reforço – Quando desejamos fortalecer o bom comportamento, podemos reforçá-lo através de um beijo, um elogio, pontuação, etc. Isso aumenta a probabilidade do comportamento se repetir. Não confunda isso com barganha.

c) Extinção – O mau comportamento precisa ser extinto. Existem duas coisas, dentre outras, que podem motivá-lo nas crianças: suas necessidades e carências não supridas, e a própria reação dos pais ao mau comportamento. Levá-lo à extinção consiste em descobrir as necessidades que a criança está tendo e supri-las; ou descobrir as nossas reações que estão reforçando a indisciplina e cortá-las. Por exemplo, se a criança grita cada vez que deseja algo e os pais cedem, eles devem passar a deixar de realizar as vontades da criança quando ela gritar.

d) Conseqüências naturais – É um método eficaz para comportamentos que tenham resultados desagradáveis, mas que não causem efeitos severos. Isso é melhor que as brigas constantes, surras e lutas pelo poder.

e) Correção física – Quem retém a vara a seu filho, na realidade não o ama; mas quem o ama, não hesita em discipliná-lo (Provérbios 13:24 – RA e NVI). Apesar de, às vezes, ser necessário bater, este deve ser o último recurso. É importante saber que isso não promove a autodisciplina, mas faz com que a criança dependa de outras pessoas para orientação.

Ao disciplinar os filhos, é preciso:

a) Focalizar o comportamento inadequado, e não a dignidade pessoal da criança.
b) Permitir o debate, mas a decisão final é dos pais.
c) Fazer regras cuja observância seja exigida.
d) Ser flexível à mudança de regras.
e) Evitar ameaças. Fale uma vez; então aja. Discipline sem resmungar.
f) Permitir que, dentro do possível, o filho assuma as conseqüências das suas decisões.
g) Ter autocontrole e equilíbrio. Não aja pela raiva.
h) Não permitir que os seus próprios sentimentos reprimidos e raivas sejam descontados na criança, que nada tem a ver com eles.

4. A criança e a televisão

Fique atento! As crianças entre 2 e 5 anos gastam, aproximadamente, 23 horas por semana assistindo à televisão. Uma atividade que absorve tanto tempo, exerce uma grande influência na formação do caráter.

O número de programas que promovem a violência é grande. São os filmes e desenhos que mostram o crime como uma aventura honrosa e não como algo reprovável. Primeiro as crianças sentam e assistem a violência; estão aprendendo. Depois saem e brincam de simular a violência; estão ensaiando. Mais tarde, quando forem adultos, estarão prontos para praticá-la.

Se você observar a freqüência e a duração dos episódios violentos nos desenhos animados (tentativas de causar dor física, sujeitar alguém através da força, incapacitar ou matar, em defesa própria ou intencionalmente), vai descobrir que alguns dos desenhos animados mais populares entre as crianças, como aqueles em que os personagens são bichinhos, têm mais violência do que os de aventuras com monstros. Isso faz a criança perder a noção do resultado da violência na vida real, aceitando a agressão como uma solução correta para os conflitos da vida.

A televisão costuma, ainda, defender a desonestidade, o sexo ilícito, o divórcio, a delinqüência juvenil e o desvios sexuais. A repetição constante dessas impressões, pode transformar-se em hábitos que determinem o caráter.

A TV, geralmente, interrompe a comunicação familiar e gera passividade e insensibilidade para com o sofrimento humano. Isso pode ser bastante prejudicial.
Crianças abaixo de dez anos de idade não deveriam ter mais que meia hora diária de TV. Nessa fase, é melhor para elas, o incentivo de outras brincadeiras variadas, de aprender pintura, desenho, de leitura de livros e revistas, de passeios, convívio com a natureza, etc. Com os filhos maiores, é preciso que os pais dialoguem sobre o conteúdo dos programas e, depois de conclusões sábias, façam os acordos, do quanto de programas bons poderão assistir.

5. O divórcio e os filhos

Qualquer tipo de divórcio causará uma dor inevitável nos filhos. Muitas crianças sofrem graves transtorno psicológicos após a separação dos pais. Essas dificuldades podem continuar na vida adulta: angústia intensa, depressão, dificuldades sociais, problemas na obtenção de sucesso e bons relacionamentos, dentre outras.

Filhos de pais divorciados podem ser mais propensos a tirar notas mais baixas na escola, atingir níveis inferiores de educação formal, exibir comportamento de risco mais elevado e de serem mais sensíveis em situações difíceis na vida.

O divórcio é muito prejudicial aos filhos porque: a) assinala o colapso da estrutura familiar; b) diminui a capacidade de cuidado dos pais; c) cria conflitos de lealdade nos filhos; d) pode provocar profunda insegurança; e) a ira e o ressentimento entre os pais cria medo intenso nas crianças.

Se o divórcio parecer inevitável…

Procure outra perspectiva em relação ao que está errado no seu casamento.

Seja sincero e esteja disposto a admitir que suas falhas também contribuíram para que o relacionamento chegasse ao ponto crítico.

Não pense que o divórcio resolverá os problemas.

Aceite o fato de que todos os casamentos passam por momentos de crise e têm seus problemas.

Tenha paciência, firmeza, sabedoria e coragem.

Tome a iniciativa de procurar uma solução para os seus problemas conjugais.

Lembre-se: para fazer o casamento funcionar, é necessário COMPROMISSO e DISPOSIÇÃO PARA MUDAR.

Os seus filhos vão lhe agradecer.

Mas, se o seu caso de divórcio é irreversível, não pense que, por isso, tudo está acabado. Aproxime-se o máximo possível de seus filhos, seja um provedor e um bom exemplo para eles. Gaste bastante tempo com eles. Um casamento talvez acabe, mas os filhos nunca deixarão de ser filhos.

Conclusão

Você percebe que para que a educação dos filhos tenha sucesso, é preciso que a paternidade seja um empreendimento e tanto? O preço é alto e o valor não é monetário. Custa você, seus esforços, sua dedicação e, principalmente, o seu tempo, com qualidade. Mas saiba que não existe “tempo de qualidade” que substitua a grande quantidade de tempo que você precisa investir em favor e na companhia do seu filho.

Deus está disposto a lhe ajudar a ser um exemplo e um incentivo adequado para suas queridas crianças, porque Ele as ama mais que você mesmo.

Leia mais sobre assunto em:

Ajudando os Filhos a Sobreviverem ao Divórcio. Archibald D. Hart, Editora Mundo Cristão
Fundamentos Sobre a Educação Cristã. Ellen G. White, Editora Casa Publicadora Brasileira
Ouse Disciplinar. James Dobson, Editora Vida
Ser Mãe, O Que É? Ellen G. White, Editora Casa Publicadora Brasileira
Socorro, Temos Filhos! Bruce Narramore, Editora Mundo Cristão

Momento de Refletir

1. Reveja os itens citados sobre os bons costumes que devemos ensinar a nossos filhos logo cedo e avalie se você precisa colocar em prática algum que ainda falta.

2. Relembre sobre como foi a sua educação sexual e avalie seus pontos positivos e negativos. A partir daí, pense em como você pode conversar com seus filhos sobre isso de maneira clara e educativa, a fim de que eles sejam instruídos da melhor forma possível.

3. Como você costuma disciplinar seus filhos? Compare com o que você acabou de ler e avalie se as suas formas de disciplina devem ser modificadas para um melhor ensino.

Comente aqui...

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Sorteio no ARTESARÔ, participe!!!


Para comemorar os três meses do ARTESARÔ, 
a Rosânia está fazendo um mega sorteio.   
Eu já estou participando.
Clique na imagem e 
participe você também!

Comente aqui...

EDUCANDO FILHOS 1


Criar filhos!

Esta tarefa está se tornando cada vez mais difícil. E disso ninguém duvida. O materialismo e a competitividade tomam, cada vez mais, o lugar da confiança, do amor e da atenção: fatores indispensáveis para uma boa relação entre pais e filhos. Apesar das inúmeras transformações da sociedade, os elementos dos quais as relações humanas dependem ainda são os mesmos. Eles constituem a base da formação do caráter. 

Os filhos ainda precisam dos pais; eles ainda precisam de direção, disciplina e de ânimo para crescerem, amadurecerem e tornarem-se adultos independentes.

Vamos combinar alguns conhecimentos práticos da psicologia com as permanentes verdades bíblicas. Encontraremos uma direção sólida e equilibrada para desempenharmos bem a nossa tarefa de mais longo alcance: educar filhos.

Ser pai e mãe

A chegada de um filho é uma experiência maravilhosa e única. As responsabilidades que surgem, muitas vezes, trazem também um certo sentimento de temor. Não é só uma questão de oferecer instrução, roupa ou alimento. Significa preparar homens e mulheres para serem cidadãos úteis à sociedade e que amem a Deus e ao próximo.

Se existe um dever que exija mais sabedoria e inteligência do que qualquer outro, é a tarefa de educar crianças. É um desafio. Mas ser pai ou mãe, também é um imenso privilégio, pois é uma grande oportunidade para o amadurecimento pessoal.

Numa conversa entre duas amigas, uma (que ainda não era mãe) falou para a outra: “Como admiro a sua calma e a sua paciência!” A outra então respondeu: “Ah, amiga! Se você escova o tapete da sala em detalhes, com todo o capricho possível, e alguns minutinhos depois, a sua filhinha de um ano, está pulando de alegria sobre a farinha que ela acabou de espalhar no seu tapete limpinho, ou você se irrita, ou aprende a ser paciente e dá uma boa risada…”

Tanto o homem quanto a mulher se tornam mais brandos, mais compreensivos e mais tolerantes, quando se entregam, de corpo e alma, à tarefa de educar filhos.

A importância do planejamento familiar

O ideal é que a chegada de um filho na família seja planejada. Isso vai ajudar a criança a se desenvolver de forma adequada, física, espiritual, emocional, intelectual e socialmente.

A educação de um filho se inicia na própria formação educativa dos pais. Portanto, planejamento familiar envolve: a) priorizar o crescimento e amadurecimento do casal, como indivíduos e como futuros pais; b) dar tempo para que haja uma certa estrutura financeira; e c) preparar o ambiente para a chegada do filho.

As necessidades da criança

Todo ser humano tem certas necessidades básicas e, satisfazê-las nos primeiros anos, é algo vital. É a época de se moldar as atitudes e comportamentos para a vida, pois se tais necessidades não forem satisfeitas bem cedo, mais tarde, o indivíduo poderá tentar suprir tais carências através de outras alternativas, que talvez sejam destrutivas. Pode ser que as pessoas que não tiveram as suas necessidades satisfeitas tomem uma das duas direções:

a)A reação de fuga, quando a pessoa se  retira e se concentra em si mesma.

b)A reação de conflito, tornando-se agressiva.

Algumas dessas necessidades são:

Valorização. Não dá para viver bem consigo mesmo, se a pessoa não sente que tem valor. 

Logo cedo, as crianças aprendem que os outros estão constantemente avaliando seu desempenho. Quando essas avaliações são genuinamente boas, a criança desenvolve uma auto-estima saudável. Mas se forem constantemente negativas, ela cria um senso de auto-desvalorização – sentimento básico na depressão em adultos e crianças. O indivíduo que não se sentir valorizado, além de ser infeliz, não se sentirá apto para contribuir com a sociedade.

Segurança. A criança necessita sentir segurança. Ela pode apegar-se a um brinquedo ou cobertor como um símbolo de segurança. Conflitos entre os pais, mudanças constantes de lugar, falta de disciplina adequada, críticas contínuas, o ato de priorizar coisas e não pessoas e muitos outros elementos podem gerar insegurança em uma criança.

Aceitação. Estabelece uma base sólida para o crescimento e a auto-confiança. Crianças e adolescentes que não sentem aceitos pelos pais, podem tornar-se vulneráveis às pressões de grupo. A estima que uma pessoa tem de si mesma e dos outros, depende muito do tipo de aceitação que recebeu quando era bebê. Para demonstrar aceitação à sua criança, não superproteja-a, não fique comparando-a com outras crianças e nem faça expectativas de que ela realize os sonhos que vocês, pais, não puderam realizar.

Amor. Toda criança necessita de amor para poder se desenvolver plenamente. Quando os pais demonstram, por meio de atitudes verbais e não verbais que amam os filhos, estão dando a eles o presente mais valioso. Através do exemplo de pais que se amam, a criança aprende a desenvolver este sentimento por outras pessoas. O amor é uma atitude aprendida. Envolve confiança, interesse, disposição para ouvir e, acima de tudo, ação.

Elogios. “Posso viver dois meses alimentado por um bom elogio” (Mark Twain). É fácil repreender, condenar e culpar as crianças, focalizando seus defeitos, comportamentos desagradáveis e falhas.

Mas pense no comportamento melhorado e na alegria que provavelmente resultariam, se a quantidade de palavras de encorajamento aos nossos filhos fosse igual ou superior às críticas. Se você faz uma declaração negativa sobre uma criança, serão precisas quatro declarações positivas para apagar o efeito. “Poupe a vara e estrague a criança – isto é verdade. Mas além da vara, mantenha uma maçã à mão, e dê a seu filho, quando se comportar bem” (Martinho Lutero).

O homem como pai, a  mulher como mãe

O papel do pai dá certas contribuições para a formação da criança que nada mais pode substituir. A maior responsabilidade de pai é a de ser um homem bom, direito e presente. 

Dele, a criança, o adolescente e o jovem aprenderão os traços masculinos que o farão agir como adulto. Se o pai deseja que seu filho tenha atitudes saudáveis em relação ao sexo oposto, deve ser um modelo de respeito.

Através de um relacionamento de respeito e ternura, o pai deve ajudar a filha a desenvolver sua feminilidade. Uma razão pela qual muitas mulheres experimentam dificuldade de comunicação e compreensão em seus relacionamentos com os homens é o fato de não terem desenvolvido essas atitudes nos primeiros anos de vida, com o seu pai. 

O tipo de amizade que a menina tem com seu pai, poderá afetar até o seu desempenho sexual, mais tarde, quando ela crescer e se casar.

O papel da mãe é também muito importante, afinal, ela é a primeira pessoa com quem a criança estabelece uma relação emocional. Se esse relacionamento for saudável, é provável que a criança desenvolva uma personalidade sadia e um conceito positivo de si mesma. A causa de grande parte das desordens sérias da personalidade é a privação da figura materna, na primeira infância.

Construindo a auto-imagem dos filhos

Durante os primeiros anos de vida, podemos moldar a auto-imagem da criança, como desejarmos. E aqui vale ressaltar que a formação educativa não deve ser confundida com manipulação. Se quiséssemos que uma criança ficasse deprimida e se sentisse inútil, poderíamos conseguir isso. Bastaria constantes julgamentos de baixo valor, e ela logo iria acreditar em nossas avaliações e incorporá-las à forma como vê a si mesma. Por outro lado, devemos fazer com que a criança sinta seu imenso valor, mostrando-lhe, através de elogios freqüentes, que é uma pessoa muito especial.

Há várias maneiras de expressar valor a um filho:
  • Manter uma atitude saudável em relação a você mesmo(a).
  • Fazer com que seu filho participe das atividades domésticas, bem como da tomada de certas decisões.
  • Confiar-lhe responsabilidades, dentro do possível.
  • Dar-lhe o privilégio da escolha, respeitando suas opiniões, sempre que possível.
  • Ensinar-lhe a valorizar mais as pessoas que as coisas.
  • Gastar tempo com ele.
  • Ter um bom relacionamento com seu cônjuge.
  • Demonstrar amor contínuo e incondicional por seu filho.
  • Estabelecer uma rotina regular na família: horário para refeições, tarefas domésticas, dormir, etc.
  • Exercer disciplina adequada: nem relaxada nem rígida demais.
  • Tocar seu filho, abraçá-lo, acariciá-lo e dizer-lhe palavras carinhosas.
  • Reconhecer cada filho como único, evitando comparações.
  • Ajudar seu filho a descobrir satisfação no que ele fizer.
  • Aceitar (apesar de também orientar) as amizades do seu filho.
  • Ser sincero e honesto com seu filho.
  • Reconhecer que você também erra.
  • Ouvir o seu filho.
  • Tratar seu filho como uma pessoa de valor.
  • Estimular seu filho a expressar seus sentimentos de alegria, dor, mágoa e raiva, de forma saudável.
  • Elogiar sempre que observar nele algo bom.
Ensinando os valores espirituais

Qualquer pessoa que viver os princípios que o cristianismo ensina será um cidadão de honra. A criança precisa de modelos a seguir, portanto, dê a oportunidade a seu filho de ter Jesus como seu maior herói.
As atitudes que a criança aprende durante os primeiros anos serão permanentes. O que uma criança menor de seis anos entende ser “Deus”, é espelhado do conceito que ela tem dos seus pais. Portanto, se você quer ter filhos obedientes, honrados, fiéis, pacientes e que temam a Deus, tais valores devem ser estimulados durante os primeiros anos da infância, nele e em você. 
  • Comece a transmitir os ensinamentos bem cedo, adaptando-os à idade da criança.
  • Dê um bom exemplo – ensine sem dar sermão.
  • Vá regularmente às reuniões da sua igreja.

Conclusão

Educar filhos é uma grande tarefa para a qual a maioria dos pais não se encontra preparada. Normalmente, os erros cometidos pelos pais deixam conseqüências nos filhos para o resto da vida.

Embora a educação não seja uma tarefa fácil, podemos ter a certeza de que se tivermos o sério propósito de tornar nossos filhos, homens e mulheres de bem e pedirmos a direção de Deus, Ele nos dará a sabedoria necessária.

“Instrua a criança segundo os objetivos que você tem para ela, e mesmo com o passar dos anos não se desviará deles.” Provérbios 22:6.

Momento de Refletir

1.  Pense nas necessidades básicas de uma criança, conforme viram nesta lição. Será que você tem suprido estas necessidades dos seus filhos? Em que ponto precisa melhorar?

2. Reflita sobre qual conceito que seus filhos estão desenvolvendo sobre Deus a partir daquilo que você é e de como você aje. As características de paciência, perdão, aconchego e ternura fazem parte deste conceito ou tem predominado a indiferença e o caráter punitivo?


Comente aqui...
 
Créditos Template http://cantinhodoblogger.blogspot.com/ By Cris Duarte/março de 2010