SÍNDROME DE PARKINSON
Parkinsonismo é uma síndrome especifica causada por um conjunto de doenças neurodegenerativas de uma área do cérebro chamada substância negra. A mais importante forma de parkinsonismo é a doença de parkinson.
A doença é caracterizada por uma desordem progressiva do movimento devido à disfunção dos neurônios secretores de dopamina nos gânglios da base, que controlam e ajustam a transmissão dos comandos conscientes vindos do córtex cerebral para os músculos do corpo humano, não somente os neurônios dopaminérgicos estão envolvidos, mas outras estruturas produtoras de serotonina, noradrenalina e acetilcolina estão envolvidos na gênese da doença; a doença de parkinson é dita idiopática, isto é, sem causa definida, mas outras formas de parkinsonismo, como os casos genéticos ou secundários a outras doenças ou exposição a substâncias, e mesmo os chamados parkinsonismos atípicos podem existir, acometendo pessoas de todas as idades e sexos, mas com prevalência maior em pessoas acima de 60 anos de idade.
Etiologia - O parkinsonismo caracteriza-se pela disfunção ou morte dos neurónios produtores da dopamina no sistema nervoso central. O local primordial de degeneração celular no parkinsonismo é a substância negra, pars compacta, presente na base do mesencéfalo. Entretanto, vários outros locais são acometidos durante o desenvolvimento da doença, mesmo fora do sistema nervoso central, dando ao parkinsonismo um caráter complexo e multisistêmico.
O neurotransmissor primordialmente deficiente é a dopamina, produzido pela substância negra, pars compacta. Entretanto, outras estruturas além da substância negra podem estar acometidas (locus ceruleus, núcleo dorsal da rafe, núcleo pedúnculo-pontino), levando a anormalidades de outros neurotransmissores, como a serotonina, a acetilcolina e a noradrelanina. As zonas afectadas no parkinsonismo têm funções de controlo motor extra-piramidal, ou seja, elas controlam os movimento inconscientes como por exemplo os dos músculos da face (da comunicação emocional inconsciente) ou os das pernas quando o individuo está de pé (não é necessário normalmente pensar conscientemente em quais músculos contrair e relaxar quando estamos de pé mas eles contraiem-se de qualquer forma). Além disso esses neurónios modificam os comandos conscientes básicos vindos dos neurónios corticais motores de forma a executar os movimentos de forma suave e sem perder o equilibrio.
Também é esse sistema extra-piramidal que impede que haja contracção e relaxamento continuo e alternado dos músculos agonistas e antagonistas aquando dos movimentos de precisão (segurar um objecto), calculando inconscientemente o equilibrio exacto necessário desses músculos para o objecto ficar fixado.
A forma predominante de síndrome de parkinson é a doença de parkinson, idiopática e ligada ao envelhecimento. Contudo há outras formas de parkinsonismo com outras etiologias mas a mesma manifestação clínica. Neste grupo incluem-se os parkinsonismos secundários, com doença primária que lesa os núcleos basais, como encefalites (infecções virais, por exemplo); doença de wilson (disturbio do acúmulo de cobre em diversos órgãos incluindo o cérebro); uso de longo termo de determinados fármacos anti-psicóticos .
Doença de parkinson
A doença de parkinson é idiopática, ou seja é uma doença primária de causa obscura. Há degeneração e morte celular dos neurónios produtores de dopamina. É possivel que a doença de parkinson seja devida a defeitos subtis nas proteínas envolvidas na degradação das proteinas alfa-nucleina e/ou parkina (no parkinsonismo genético o defeito é no próprio gene da alfa-nucleina ou parkina e é mais grave). Esses defeitos levariam à acumulação de inclusões dessas proteinas ao longo da vida (sob a forma dos corpos de lewy visiveis ao microscópico), e traduziriam-se na morte dos neurónios que expressam essas proteínas (apenas os dopaminérgicos) ou na sua disfunção durante a velhice.
Parkinsonismo genético
Existem casos de síndrome de parkinson de etiologia genética hereditária. Atualmente, há cerca de 8 genes reconhecidos como relacionados à doença de parkinson, dos quais os mais importantes são os da parkina e alfa-sinucleina.
A doença genética pode ser autossômica dominante (do gene da alfa-sinucleina) ou autossômica recessiva (gene da parkina). Este subtipo frequentemente surge em doentes mais jovens (~35 anos). Outra doença degenerativa que causa parkinsonismo é a atrofia sistémica múltipla]. Massagem ajuda portadores do mal de parkinson a massagem tem se mostrado muito eficiente para uma série de problemas que vão de dor ao estresse, mas pessoas portadoras do mal de parkinson podem se beneficiar de uma forma especial da massagem terapêutica.
Para entender melhor sobre a forma pela qual a massagem pode ajudar estas pessoas é necessário uma breve descrição sobre esta doença.
O mal de parkinson é um doença crônica e degenerativa do sistema nervoso. Em 1817, o médico inglês james parkinson primeiro observou que esta doença ocorre devido a morte de células dentro do cérebro que produzem o neurotransmissor chamado dopamina, desta forma o gânglio basal não recebe mais dopamina. Dentro do cérebro, o gânglio basal é responsável por controlar os movimentos portanto desprover o gânglio basal de dopamina causa problemas com o equilíbrio, coordenação e postura.
A "the parkinson's action network" cita que mais de 1 milhão de pessoas nos estados unidos são afetadas por esta doença além de um adicional de 60.000 pessoas diagnosticas a cada ano. Tipicamente o mal de parkinson não é uma doença que ameaça a vida do paciente, mas deixa as pessoas incapacitadas e impossibilitadas de trabalhar por anos ou até mesmo décadas.
O mal de parkinson ainda é incurável e as causas desta doença são relativamente desconhecidas. Em janeiro de 1999, pesquisadores do "american medical association" concluíram que o mal de parkinson era causado por uma combinação de fatores genéticos e ambientais, com isto pessoas com menos de 50 anos de idade são afetadas por fatores genéticos (um exemplo disto é o ator michael j. Fox com apenas 40 anos de idade, portador do mal de parkinson).
Nos últimos anos, no entanto, acreditava-se que o mal de parkinson era causado mais por fatores ambientais, visto que o número de portadores da doença com menos de 50 anos aumentou dramaticamente. Alguns dos sintomas do mal de parkinson são: tremores, dificuldade para iniciar movimentos, rigidez, postura "pobre", depressão e dificuldade de dobrar os braços e as pernas.
O tratamento com drogas tradicionais são tipicamente prescritos pelos médicos porém com benefícios limitados. Inicialmente os tratamentos trazem alívio aos pacientes mas depois de um tempo os benefícios cessam e efeitos colaterais tais como alucinações podem aparecer. A l-dopa, versão de dopamina produzida pelos laboratórios, é uma droga comum no tratamento para o mal de parkinson.
Devido a diminuição na eficácia das drogas, mais e mais pessoas que sofrem do mal de parkinson procuram por terapias alternativas para aliviarem os sintomas. "muitas pessoas com o mal de parkinson acham que a massagem é muito útil quando utilizada em conjunto com os tratamentos convencionais prescritos pelos neurologistas" - diz Zoe Reese Carter, massoterapeuta. "muitas pessoas não hesitam quando pensam em gastar dinheiro com a massagem. Eles consideram a massagem como um forma de manutenção da saúde e não como uma forma de luxúria." a massagem, sob a supervisão do médico, pode melhorar o fornecimento de sangue, reduzir o estresse, melhorar a circulação sanguínea.
Os músculos vão se tornando fatigados devido aos sintomas de tremor, muito parecido com os que acontece com os músculos dos atletas, que ficam fatigados, após as competições. A grande diferença nesta comparação é que o atleta tem tempo para que seus músculos se recuperem mas o doente de mal de parkinson não tem a mesma sorte já que a doença não dá descanso aos músculos.
Quando estes pacientes que sofrem do mal de parkinson recebem massagem, seus músculos relaxam e ganham flexibilidade. De acordo com um artigo chamado "parkinson's disease and massage therapy" - mal de parkinson e a massagem- escrita por dietrich miesler, "o raciocínio é que melhorando a saúde fisiológica, os músculos estarão melhor para responder ao sinais impróprios que são recebidos do sistema nervoso" ´- massage therapy journal - 1996. Os médicos têm relutado em aceitar a massagem, especialmente pela falta de pesquisas sobre a eficácia da massagem nestes casos.
De acordo com a " national parkinson foundation " - fundação nacional parkinson, "com forma de determinar que qualquer tratamento tenha efeito sobre a doença, os médicos são treinados para exigir evidências, para tanto devem utilizar o método clínico controlado de placebo (forma farmacêutica sem atividade, cujo aspecto é idêntico ao de outra farmacologicamente ativa).
Entretanto, num estudo recente com portadores do mal de parkinson, um bom número de pessoas disseram que usam uma forma alternativa de terapia.
Num estudo conduzido pela "american academy of neurology" - academia americana de neurologia - publicado em 11 de setembro de 2001, quarenta por cento (40%) das 201 pessoas que responderam ao estudo, disseram que usam alguma forma de terapia alternativa tais com vitaminas e ervas ou massagem e técnicas de relaxamento também listados como terapias comumente usadas.
Uma preocupação levantada por um dos pesquisadores, o neurologista Stephen Reich, m.d., é que 58 por cento dos que usam terapias alternativas não consultaram seus médicos antes de iniciarem o tratamento alternativo, por isto é importante que o massoterapeuta trabalhe em conjunto com o médico quando tratar alguma pessoa que sofre do mal de parkinson.
Por exemplo, se a massagem diminui a depressão do paciente, então drogas tais como prozac talvez não sejam necessárias. Em outra pesquisa, 11 por cento das pessoas que procuraram uma terapia alternativa o fizeram por indicação de um profissional de saúde enquanto 48 por cento procuram as terapias alternativas por intermédio de amigos e familiares.
Muitos médicos estão preocupados que seus pacientes experimentem suplementos alternativos que ainda não estão provados que ajudam pessoas com mal de parkinson.
Suplementos naturais que contém l-dopa podem ser perigosos porque cada pessoa necessita de um certa quantidade de dopamina e pacientes com mal de parkinson pode experimentar efeitos colaterais ou overdoses tomando doses excessivas de suplementos alternativos. Dr. Robert G. Feldman, professor de neurologia, farmacologia e saúde ambiental no colégio boston, acredita que pessoas experimentam estes suplementos sem o consentimento de seus médicos porque eles acham que os médicos irão desaprovar. Isto pode levar a maiores problemas se a pessoa está tomando outros medicamentos.
A massagem, no entanto, é uma terapia segura para os que sofrem do mal de parkinson. Um variedade de técnicas de massagem tais como suéca, reflexologia, trigger points e neuromuscular podem ser úteis aos pacientes com mal de parkinson. O terapeuta deve escolher a técnica de acordo com seu treinamento e resultado desejado.
De acordo com o web site da "fundação nacional de parkinson" - national parkinson foundation , "é importante encontrar um terapeuta bem treinado que entenda da doença de parkinson ou que esteja desejando aprender sobre ela, é desejável que o terapeuta adapte sua prática às limitações do paciente".
Pessoas com mal de parkinson não possuem, na sua maioria, a mesma facilidade para subir e descer da maca, assim alguns cuidados devem ser tomados quando estiver tratando com estes pacientes. Muitos terapeutas, quando estão realizando a massagem em pessoas com mal de parkinson, realizam suas sessões de massagem no chão. Os terapeutas devem ser sensíveis quando estão tratando com este tipo de paciente já que eles estão sofrendo física e emocionalmente.
Bibliografia carter, zoe reese. "massage and parkinson's disease." connecting hands, the official publication of the amta- wisconsin chapter 5 (spring 1998): 1-3. Miesler, dietrich. "parkinson's disease & massage therapy." massage therapy journal (winter 1996): 34-37 the national parkinson foundation, www.parkinson.org; accessed 2 october 2001. Rajendran, pam r., richard e. Thompson and stephen g. Reich. "the use of alternative therapies by patients with parkinson's disease." neurology, 11 september 2001. Available from the american academy of neurology, www.neurology.org; accessed 2 october 2001. Thomas, jennifer. "some herbals aren't worth beans for treating parkinson's." healthscoutnews, monday, 10 september 2001; available from http://dailynews.yahoo.com accessed 2 october 2001 werner, ruth. A massage therapist's guide to pathology. Baltimore, maryland: lippincott, williams & wilkins, 1998.
]sintomas]
Os sintomas normalmente começam nas extremidades superiores e são normalmente unilaterais devido à assimetria da degeneração inicial no cérebro.
A clínica é dominada pelos tremores musculares. Estes iniciam-se geralmente em uma mão, depois na perna do mesmo lado e depois aos outros membros. Tende a ser mais forte em membros em descanso, como ao segurar objectos, e durante periodos estressantes e é menos notável aquando de movimentos mais amplos.
Há na maioria dos casos mas nem sempre outros sintomas como rigidez dos músculos, lentidão de movimentos, e instabilidade postural (dificuldade em manter-se em pé).
Há dificuldade em iniciar e parar a marcha e as mudanças de direcção são custosas com numerosos pequenos passos. O doente apresenta uma expressão fechada tipo máscara sem demonstar emoção, e uma voz monotónica, devido ao deficiente controlo sobre os músculos da face e laringe. A sua escrita tende a ser em pequeno tamanho (micrografia). Outros sintomas incluem depressão e ansiedade, dificuldades de aprendizagem, insônias, perda do sentido do olfacto.
O diagnóstico é feito pela clínica e testes musculares e de reflexos. Normalmente não há alterações nas tac cerebral, eletroencefalograma ou na composição do líquido cefaloraquidiano. Técnicas da medicina nuclear como spects e pets podem ser úteis para avaliar o metabolismo dos neurónios dos núcleos basais.
Anatomia patológica da doença de parkinson macroscopicamente, há palidez da substância negra e do locus ceruleus. Microscópicamente, há perda de neurónios com proliferação das células gliais. Os neurónios afectados remanescentes apresentam característicos corpos de lewy, inclusões citoplasmáticas eosinofilicas (absorvem o corante eosina) contituidas por alfa-nucleina e parkina, além de outras proteínas. [b]tratamento[/b] o parkinsonismo secundário pode ser amelhorado pela resolução da doença primária subjacente.
Contudo a doença de parkinson e outras variantes primárias são incuráveis e a terapia visa melhorar os sintomas e retardar a progressão. A terapia farmacológica visa restabelecer os níveis de dopamina no cérebro. É iniciada assim que o paciente reporte diminuição da qualidade de vida devido aos sintomas.
Vários tipos de fármacos são usados, incluindo agonistas dos receptores da dopamina, inibidores do transporte ou degradação da dopamina extracelular e outros não dopaminérgicos. Fármacos usados frequentemente são os anti-colinérgicos; agonistas do receptor da dopamina, levodopa, apomorfina. Efeitos secundários da terapia incluem movimentos descoordenados frenéticos no pico da dose, reacções anafiláticas a algum fármaco (alergias), náuseas.
Cirurgicamente, é possivel fazer palidoctomia (excisão do globo pálido) ou mais recentemente é preferível a estimulação desses núcleos com eléctrodos cuja activação é externa e feita pelo médico e paciente.
A doença foi descoberta e seus sintomas documentados em 1817 pelo médico e paleontólogo britânico james parkinson (1755-1824). A associação de mudanças bioquímicas no cérebro com a clínica de pacientes portadores desta enfermidade foi identificada em 1960.
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Postado por Victor Passos
Os problemas que a doença de Parkinson traz para aqueles que dela sofrem são muito bem apresentados nesta campanha que procura demonstrar a perda do controle das funções motoras.
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