domingo, 18 de outubro de 2009

O Pensamento Eficiente


O Pensamento Eficiente

Você já parou alguma vez para refletir sobre o pensamento? O que seria esse processo eletroquímico que impulsiona o mundo? Pois na verdade, tudo que ocorre no mundo, tem seu princípio nessa fração de segundo, quando um neurônio excitado formula e transmite uma informação.

Daí surgem as idéias, que se agrupam, se ordenam e se multiplicam, provocando os fatos. E os fatos nos envolvem. Neles participamos ativa ou passivamente, dependendo do nosso grau de conscientização. Às vezes deixamos acontecer e nos contentamos só em reclamar.

Não nos damos o trabalho de pensar. É comum ouvirmos a expressão: Ah! não quero nem pensar. Porque pensar dá trabalho. Principalmente se quisermos pensar logicamente.

O grande racionalista Descartes, descobriu que existia, porque concluiu que pensava – cogito ergo sum. E nós no Brasil estamos carecendo muito de descobrir que existimos. Que estamos vivos e precisamos assumir as rédeas de nossa história.


Bem, mas pensar só não é suficiente. É preciso pensar com lógica e conjuntamente. É preciso encontrar uma alternativa de poder, sempre democrática, mas premiada pela ética, que privilegie a participação direta do cidadão, que o faça sentir realmente dono de seu destino, responsável pelas realizações governamentais.

Medidas tomadas nas caladas das noites, processos votados sob a égide de negociatas clandestinas, só aumentam a apatia política da sociedade. É preciso pensar, para o Brasil contemporâneo, um modelo que resgate a eficiência da democracia participativa. Que concretize a cidadania, sob pena de se avolumar cada vez mais, a desconfiança na suficiência desse modelo para a solidificação de uma democracia plena.


Portanto, é necessário o exercício do pensamento para conseguirmos extirpar o mito de que votando no “menos ruim” estamos cumprindo o nosso dever de cidadão.

Essa teoria, na verdade, está tão somente retirando dos políticos todo o ônus das mazelas sofridas pela sociedade e jogando-o sobre os ombros do cidadão-eleitor que não sabe escolher seus representantes. Assim, o cidadão passa de vítima a culpado.


Isso posto, se refletirmos sobre nossa situação política, iremos saber que existem alternativas para o modelo democrático atual e que talvez possam ser melhores para o nosso caso.

Podemos sim abdicar desse regime, sem no entanto ter que cair no outro extremo e ter que aturar regimes totalitários. Mas também sem ter que assistirmos a um regime de direitos de grupos, que em nome dessa democracia, privilegia determinados setores em detrimento de outros. Saberemos ainda que é natural essa situação se considerarmos a crise de legitimidade vivida pela democracia no final do século XX.


Cabe-nos portanto “esquentar a cabeça” , por os neurônios para funcionar e trocar as idéias surgidas. Com sinceridade e sem partidarismo. Com otimismo e sem vinganças políticas. Com diálogo, mas com firmeza de posições e conhecimento de causa.


Assim podemos lembrar daqueles dois viandantes que se cruzam em uma estrada, cada um com seu lanche e uma idéia na cabeça. Se trocarem o lanche cada um seguirá com apenas uma refeição, mas se trocarem as idéias, cada um seguirá seu caminho com duas idéias.



José Moreira Filho
Graduado em Ciências Sociais pela FACULDADE DE FILOSOFIA CIÊNCIAS E LETRAS DE RIO CLARO – SÃO PAULO e em Pedagogia pelo ISEP/UEMG-ITUIUTABA-MG. Especialização em Educação pela UNIFRAN. Casado, residente em Ituiutaba-MG. Diretor da Assessoria Técnica de Educação e Cultura de Ituiutaba/1982. Professor em ambas as Faculdades de Ituiutaba período de 1987 a 1996. Diretor da Escola Estadual “Professora Maria de Barros” de Ituiutaba-MG de 1983 a 1987 e professor da Secretaria de Estadado de Educação de Minas Gerais desde Fevereiro de 1975- hoje aposentado. Membro da Academia de Letras, Artes e Música de Ituiutaba – ALAMI.
Publica eventuais crônicas e poemas na imprensa de Ituiutaba. Publicou “O Encontro” na Antologia de contos da ALAMI (Egil 2005 ) e poemas na III, IV e V Antologias de Poetas de Ituiutaba (Egil 2003, 206 e 2008 respectivamente)
Pensa o autor que: “...só numa interação humanizante com a natureza o homem encontrará a razão de ser de seu mundo”. Alem disso, sua obra é escrita para um leitor comum que se identificará com essa ou aquela filosofia de vida.
Fale com o autor: moreira@baciotti.com

1 comentários:

disse...

amiga te ofereço dois selinhos q estao na postagem de sexta feira e de hj,passe la amiga e pegue,tenha uma otima semana,bjs

 
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