segunda-feira, 18 de outubro de 2010

VOCÊ JUSTIFICA-SE OU CRESCE


Ouvimos todos os dias dezenas de justificativas das pessoas ao nosso redor: cônjuge, filhos, vizinhos, colegas de trabalho, funcionários, gestores. Em cada contexto, apesar de diferentes circunstâncias, podemos observar algumas características em comum nas pessoas que carregam um “saco de desculpas” todos os dias:- Em geral, apresentam uma longa história onde ela é a vítima da situação;

- Falam com muita ênfase e dramaticidade, buscando uma platéia para si;
- Ficam irritadas se são questionadas em qualquer contradição ou argumentação;
- Sempre que cabe incluem uma pessoa para ser a responsável por sua negligência;
- Não reconhecem que erram, nem pedem desculpas aos prejudicados;
- Por não assumirem a responsabilidade dos seus atos, não focam em administrar os problemas causados por suas atitudes. 

Cresce  continuamente a lista de empresas fracassadas pela tendência do empurra-empurra, onde ninguém assume responsabilidade pela qualificação dos serviços prestados ou pelo acolhimento necessário às pessoas. É comum esse padrão de comportamento desde o empresário ao funcionário do serviço geral.  Aí fica fácil dizer que o problema é a concorrência, a crise, o ramo de atividade, a falta de sorte, a inveja dos outros e assim seguem uma trajetória de fracassos. 

Muitos casamentos vivem constantemente ameaçados pela incapacidade de cada cônjuge assumir a responsabilidade por suas atitudes. É comum maridos egoístas e mimados  cobrarem de suas esposas que sejam tratados como um “bebezão”:  a comida no prato (como a mamãe fazia), a toalha no banheiro, o chinelo na mão, a escolha da roupa, aonde estão as coisas. 

Por outro lado, também, é fácil encontrarmos mulheres com “Síndrome de Princesa” que não entenderam o que era um casamento e confundiram com as brincadeiras de bonecas da primeira infância. Sofrem profundamente na convivência e geram situações conflituosas para todos ao redor, algumas até adoecem. Normalmente estas mulheres vivem infelizes ou passivas diante da demanda de responsabilidade, pela falta de compartilhamento das tarefas na convivência, pela falta de senso de realidade.  

Acredite: o casamento funciona fácil quando dois adultos casam-se. Quando duas “crianças” entram numa relação de casamento, as pessoas  ao redor assistem um festival de lançamento de “culpas” – “Você é o culpado!” e “Não, você é quem está errada.” Vítimizados e feridos, cada uma das “crianças” vai procurar o papai ou a mamãe e continuam exercitando-se em não assumir responsabilidade sobre sua vida e sobre os desafios de viver a dois satisfatoriamente. 

Não existe amizade fortalecida e duradoura sem que se assuma a responsabilidade de cultivar gratidão, de alimentar emocionalmente o outro, de servir, de estar presente, de ser honesto, de ser transparente.   

Não existe um jovem comprometido com seu projeto de vida enquanto não assumir sua existência e a responsabilidade pelo seu desenvolvimento pessoal e profissional.  Enquanto você é vítima de sua história e fica resmungando que seu irmão é o favorito ou que ninguém gosta de você, é muito provável que fará escolhas destrutivas e ainda culpará a família.  Você já cresceu. Acorde: assuma responsabilidade sobre sua vida, suas escolhas, seu futuro, sua história. É somente sua a missão de fazer de você uma pessoa bem sucedida e feliz.   

Em qualquer realidade, diante de uma situação onde você é confrontado por uma falta, um erro, um equívoco, um engano despropositado, uma mentira de outro, seja o que for ou como for, aconteça o que acontecer, não aceite a idéia de ver a DESCULPA como saída, como resolução. É lamentável escolher gerar uma desculpa ao invés de uma atitude de enfrentamento das consequências. Enfim, nunca se justifique. Jogue fora o “saco de desculpas” e viva plenamente os desafios que a vida lhe apresentar.  Você já tem os recursos que necessita para superar este comportamento destrutivo. Aprenda a ativá-los como ferramenta de superação. Você é aquilo pelo que dispõe assumir responsabilidade.   

Experimente a vida fantástica que pode ter à medida que decide assumir responsabilidade por todas as suas escolhas: uma vida revestida de significado e de resultados positivos.


Por Eliana Sicsú  
Psicanalista Clínica, Pedagoga, Consultora em Desenvolvimento Humano, Idealizadora do Projeto Atmosfera e Palestrante com foco em Liderança e Desenvolvimento Pessoal.

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