terça-feira, 3 de novembro de 2009

MELHOR ESCOLA TEM DIRETOR DURÃO

“Só repete quem quer”, afirma o diretor, dizendo que os sistemas de recuperação do Estado são ineficientes. "Se o ensino fosse de qualidade, não precisaria de recuperação. Por isso, não temos isso aqui", diz.
Fonte: Agora

A melhor escola estadual do Enem, a Professora Lucia de Castro Bueno, em Taboão da Serra (Grande SP), tem como segredo do sucesso a mão firme de seu diretor, Camilo Silva de Oliveira, 57 anos, há 22 anos no comando da unidade.

A opinião é dos alunos, pais e professores do local, que tirou a nota 58,51 no Enem, acima da média da cidade. A escola ficou em 24º lugar no ranking dos 36 maiores municípios do Estado.


"A democracia não se aplica ao ensino. Os alunos têm que aprender a ter disciplina", afirma Oliveira, criticando a atual política educacional. "Nossos bons resultados estão ligados ao afastamento da Secretaria de Educação", diz Oliveira, que é contundente ao dizer que o material da secretaria não auxilia no dia a dia da escola porque os exercícios são fracos.

Ele diz ainda que a sala de informática é uma perda de tempo. "Os alunos só ficam mandando e-mail. Pesquisa é na biblioteca."

Falando em biblioteca, os alunos do ensino médio têm obrigação de ler os livros indicados pelos vestibulares de universidades públicas, como o da USP. Investimos muito em literatura.


Segundo ele, os resultados são fruto do trabalho da direção e dos professores, que estão lá há anos.

Aluno que não consegue bons desempenhos repete o ano, diz o diretor, completando que os alunos têm todas as chances para ser aprovado.

"Nós trabalhamos com os pais e com o aluno. Só repete quem quer", afirma, dizendo que os sistemas de recuperação do Estado são ineficientes.

"Se o ensino fosse de qualidade, não precisaria de recuperação. Por isso, não temos isso aqui", diz.


Alunos contam que, apesar da pressão, não se sentem sufocados.

"É rigoroso, mas não é uma prisão. Temos liberdade, damos opinião", conta Nathalia Zarth, 17 anos, que vai prestar direito.

A mãe dela, Ana Lúcia Zarth, diz que o pulso firme tem outro nome: limite.

"Adolescentes precisam de limites, eles têm que seguir regras."


http://www.tobiasribeiro.com.br/noticia_interna.php?id=507&id_secao=2

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