Olho minha árvore de Natal. É linda!
Sua beleza não se deve apenas aos enfeites que
durante uns bons anos fui acrescentando e que me lembram de lugares pelos quais
passei. Sua beleza tem o jeito da infância, dos sonhos que mantive dentro de
mim, tem o cheiro da família que criei. Sua beleza tem a ver com sua forma que
me lembra de mãos juntas, palmas unidas, dedos colados a fazer uma prece...
Reflito sobre esta prece e deixo que os
pensamentos fluam. Olho a árvore. A base é larga, com seus galhos maiores
abertos embaixo e que, à medida que ascendem, vão afinando em ponta, como uma
seta direcionada ao teto da casa. Ora, todas as árvores de Natal são assim, o
que há de novo?!
A resposta tem a ver com o jeito de olhar, talvez.
Meus olhos não se atraem pelas luzes e pelo brilho, mas para a prece que emana
da árvore, uma prece que une chão e terra a Deus.
Tenho vontade de rezar como a árvore. Quieta, sem
ser notada, porque todos prestam mais atenção às luzes e às cores que a cobrem
do que a ela mesma.
Neste Natal, Senhor, quero agradecer estar junto
das pessoas que me geraram, das que gerei e daqueles que foram gerados por
elas; quero dizer que me sinto só e junto, ao mesmo tempo, e que isto é bom,
não me assusta mais.
Neste Natal, Senhor, quero agradecer a mesa farta,
as dificuldades que me fizeram crescer, as vitórias e realizações que me
fortaleceram, a vida que sopra em mim, o amor e a paz que recebi.
Tal como a árvore, que a cada ano é montada, por
debaixo da roupagem de cores e luzes, existe o verde da esperança de que eu
possa agradecer de novo no próximo Natal.
Senhor é hora de olhar para os lados e não só para
cima, para a estrela e o violino que, junto ao anjo, enfeitam a ponta da
árvore.
É hora de pedir pelos que vivem comigo no chão da
vida. Proteja-os e lhes dê força e entendimento para cuidarem bem de si e
poderem cumprir sua missão na terra.
Paz, Senhor! Muita Paz a todos, neste Natal!
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