"Iniciar um ANO NOVO de aulas é um
acontecimento singular. É uma mistura de festa, expectativas, ansiedade,
preocupação... É reencontro de colegas, novas amizades, curiosidade sobre os
estudos, promessa de estudar mais...
Aulas chatas, professores
exigentes, colegas "insuportáveis" podem ser preocupações menores.
Afinal, quantas decisões de vida, convicções existenciais, projetos de vida são
moldados no período escolar? É também o grande ensaio da convivência social,
fazendo das diferenças uma riqueza e não um peso".
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Como é antiga a frase "é
melhor prevenir que remediar"!
Entretanto, mais rotineiro é
ainda o hábito de se tomarem providências e cuidados, apenas após o infortúnio.
Não é diferente também na área educacional.
Como ficaria o gráfico de sua
escola, se fosse feito um levantamento comparativo entre regras e atitudes
punitivas adotadas, de um lado, e as medidas preventivas criadas e exercidas
pela equipe pedagógica, de outro? Para que lado pesaria mais a balança?
O quanto sua escola se preocupa
com o exercer de uma orientação pedagógica atuante, junto aos pais e aos
alunos? Com que frequência é realizadas reuniões e encontros entre pais e
professores, com a finalidade de passar informações e dar suporte para que seus
filhos sejam mais bem conduzidos?
Qual a intensidade da preocupação
que sua escola manifesta em criar uma aliança com as famílias, principalmente
promovendo e alimentando uma aproximação com os pais dos alunos desde a
pré-escola, a fim de evitar um clima de desconfiança, rivalidades e de mútuos
ataques, no futuro?
O que sua escola prioriza?
Aumentar o número de matrículas ou investir na área pedagógica e na relação
produtiva com seus professores?
Não existem escolas perfeitas, nem
alunos e famílias perfeitas. Mas, como se lidam com os erros? Qual é a maior
preocupação? Punir ou educar? Orientar os que chegam ou criar regras de defesa
e ataque?
Até que ponto, sua escola
reconhece que tem uma parcela de responsabilidade nos "fracassos
escolares", em lugar de se proteger, culpando apenas os pais por sua falta
de limites, pela sua ausência física e de valores?
Toda "escola tem sua
metodologia e filosofia para educar uma criança, no entanto, ela necessita da
família para concretizar o seu projeto educativo” (Isabel Parolin).
É necessário arar a terra, adubar
o terreno, para que se possa colher.
Assim também acontece em Educação.
É notório o clima conflitante que
caracteriza o atual relacionamento escola-família e vice-versa. Muito se fala
sobre essa complexa relação, mas ainda estamos distantes de sanar as
dificuldades originadas por este confronto e que, sem dúvida, é fonte de
desequilíbrio na prática educativa.
De um lado, crescem as exigências
e pedidos protecionistas dos pais, bem como sua interferência crítica e
prejudicial no trabalho do professor. De outro, aumentam os casos de
indisciplina, as suspensões, as reclamações do comportamento dos alunos para os
pais, os encaminhamentos para os consultórios de especialistas.
A intenção deste artigo é
ressaltar a importância de um trabalho preventivo das escolas junto aos pais,
desde a pré-escola, a fim de estimular o aparecimento de alianças entre ambos.
É de grande ajuda a promoção de
reuniões e atividades que visem elucidar a filosofia da escola junto às
famílias, que deixe claro o porquê de determinadas medidas disciplinares e seus
objetivos educacionais. Reuniões que promovam uma confiança dos pais na escola,
que possibilitem um espaço de trocas e não de acusações, que alertem sobre os
perigos que cercam os jovens de hoje e que elucidem sobre como, juntos, escola
e família, poderiam se entreajudar no que se refere a temas polêmicos como
droga, sexualidade e agressividade, além de questões relacionadas somente
a rendimento escolar.
Elisabeth Salgado
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