quarta-feira, 7 de janeiro de 2009



Escola pode escolher quando ensinar
novas regras ortográficas

Ministério da Educação recomenda o ensino já em janeiro.
No entanto, estabelecimentos de ensino têm autonomia.

As novas regras ortográficas já estão valendo desde o dia 1º de janeiro e os estudantes devem sentir na pele a mudança a partir do início do ano letivo. Cada escola, segundo o Ministério da Educação (MEC), terá autonomia para decidir como vai trabalhar com o assunto.

“A recomendação é que as escolas ensinem na nova norma, mas sem autoritarismo, porque oficialmente as duas escritas convivem até 2012”, afirma Godofredo de Oliveira Neto, presidente da Comissão para Definição da Política de Ensino-Aprendizagem, Pesquisa e Promoção da Língua Portuguesa (Colip), ligada ao MEC. “Mas não há sentido em ensinar uma norma que vai acabar”, acrescenta.

Apesar da recomendação de ensinar a nova grafia, os livros escolares distribuídos pelo MEC à rede pública de ensino estão autorizados a circular, em 2009, na grafia antiga. Só a partir de 2010 é que eles deverão incorporar as mudanças ortográficas. De fato, a maior parte do material didático do ensino público não estará adaptada.

“Existem livros comprados em 2006, que foram distribuídos em 2008 e vão durar até 2010, já que o material da rede pública é utilizado por três anos”, diz Godofredo. (Veja a continuação do texto abaixo do gráfico)
Na rede particular, a orientação da Federação Nacional das Escolas Particulares (Fenep) é a de que as escolas têm autonomia para decidir quando iniciar o ensino das novas normas. “Se quiser começar a partir de janeiro, a escola pode. Já existem até alguns colégios que iniciaram o ensino em 2008”, afirma o presidente da Fenep, José Augusto de Mattos Lourenço.

“A maior parte das escolas vai implantar em janeiro, no planejamento das aulas. Todos estão aprendendo, professores e alunos. E os livros com grafia antiga terão de ser trabalhados”, diz Lourenço.

Na Secretaria de Estado da Educação de São Paulo, a orientação geral, segundo a assessoria de imprensa, é que os professores sigam a grafia antiga, até que o MEC mande os livros didáticos atualizados. No entanto, os alunos que escreverem com a grafia nova em avaliações, por exemplo, não perderão pontos, diz a secretaria. Professores recebem adaptações e há a orientação para que o assunto seja discutido em sala de aula.

O acordo


De acordo com o decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, até 2012 valem as duas formas de escrever: a antiga e a nova. No Ano Novo começa o chamado “período de transição”. Portugal, que também aprovou o acordo ortográfico adotará as novas regras até 2014.
Nem todas as mudanças estão definidas. Ainda há exceções - por exemplo, no uso do hífen - que deverão ser discutidas entre as Academias de Letras dos países que falam a língua portuguesa. Espera-se que a Academia Brasileira de Letras organize um vocabulário até fevereiro de 2009.

http://g1.globo.com/Noticias/Vestibular/0,,MUL936903-5604,00-IMPRIMA+GUIA+DA+REFORMA+ORTOGRAFICA.html

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