Não tenham dúvidas que estudar,
entender, avaliar e conviver com o envelhecimento é um fato atual. E será,
juntamente com a temática ambiental, os dois maiores problemas das próximas
décadas. Ecologia, meio ambiente, lixo, esgoto, consumismo, economia de
mercado, pobreza, fome, falta de água… assuntos diários de nossos jornais, telejornais
e revistas. E, pelo visto, poucos se mexem para reverter esta situação de
descaso com a MÃE TERRA.
Quanto ao envelhecimento
populacional, os números falam por si:
Mais de 21 milhões de idosos no
Brasil.
Em 2025, ou seja daqui a 13 anos:
32 milhões de idosos!
Expectativa de vida da mulher
brasileira: 78 anos
Expectativa de vida do homem
brasileiro: 69 anos
Em 2020, segundo projeções de
IBGE, teremos 4 milhões de idosos com mais de 80 anos.
Destes 4 milhões de idosos com
mais de 80 anos, 2,5 milhões serão mulheres!
Sempre repito que, quanto mais
idoso, maior chance de ficar dependente da família ou da comunidade, maior
poderá ser a fragilidade e menor é a propensão da comunidade e do poder público
em ajudar a cuidar!
Observamos, claramente, que o
envelhecimento é FEMININO. Vamos, então à pergunta: há diferenças entre o
envelhecimento masculino e feminino? E quais são as maiores diferenças?
Sim, há muitas diferenças entre o
envelhecimento do ponto de vista feminino e masculino. Tanto no aspecto físico,
quanto no aspecto social. Nas mulheres, temos a menopausa (e tudo que isto pode
acarretar), osteoporose, redução da força física, hipotireoidismo (muitas vezes
não diagnosticado), câncer ginecológico, dentre outros. Nos homens, os
problemas da próstata, os males do cigarro (enfisema e câncer) e da bebida
(cirrose e alcoolismo).
No campo social, está acontecendo
um fato muito interessante, quase não está ocorrendo alterações com o aumento
do número de idosos homens. Explico: além de terem uma expectativa de vida
menor que as mulheres (eles morrem mais cedo), continuam procurando menos os
serviços de saúde e, na maioria das vezes, continuam NÃO ficando sem sua
companheira. Ou seja, o idoso ficou viúvo ou separado, sempre casa novamente.
Não procuram novos papéis sociais.
Ao contrário, está sendo gestado
uma grande revolução no modo de envelhecimento feminino. Cada vez mais cuidam
de sua saúde, sua expectativa de vida está chegando facilmente aos 80 anos, e,
principalmente, as idosas estão procurando novos papéis na comunidade e na
sociedade! Diga-se de passagem, só para citar uma destes novos papéis, estão
tornando-se nova fonte de renda para muitas famílias. Muitas idosas aposentadas
ou pensionistas estão sendo a única fonte de renda familiar e, com isto,
apontam para dois novos caminhos: a de provedora econômica (papel sempre
exercido pelo marido) ou podem também ficar reféns dos filhos (filhos homens!),
tornando-se vítimas de maus tratos e violência.
São novos desafios que os
gerontólogos e os gestores sociais e de saúde têm pela frente: compreender e
empregar novas ações que possam ajudar os nossos milhões de idosos a envelhecer
com dignidade. E, mais importante ainda, mostrar para as novas gerações que a
velhice, a terceira idade não é castigo, não é fase da vida marcada pelo
descaso e por sofrimentos!
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