Mais que um dilema matemático...
Como realmente ajudar seus alunos a aprender Matemática?
Nos últimos tempos, existiram algumas tentativas de mudanças no ensino da Matemática, porém mudanças substanciais não ocorreram. Por esse motivo, a Matemática continua sendo vista como um dos maiores problemas do currículo escolar.
Nos últimos tempos, existiram algumas tentativas de mudanças no ensino da Matemática, porém mudanças substanciais não ocorreram. Por esse motivo, a Matemática continua sendo vista como um dos maiores problemas do currículo escolar.O que será que acontece nas escolas que a maior parte dos alunos lida bem com a Matemática desde a Educação Infantil até, aproximadamente, a 3ª série do Ensino Fundamental e daí para frente passa a odiar essa disciplina? Por que grande parte dos alunos chega ao Ensino Médio com muita dificuldade para usar algoritmos e conceitos estudados nas séries anteriores?
Percebemos que isso se dá em função da atitude de grande parte dos professores que vêem a Matemática como uma ciência pronta e acabada, perfeita e imutável. Essa visão cria dois grandes problemas.
O primeiro é que o professor julga ser o detentor do saber dos conteúdos matemáticos e deseja transmiti-los aos alunos para que passivamente se amoldem aos novos conhecimentos.
O segundo é que o professor passa a idéia de que uma ciência tão perfeita só pode ser aprendida por pessoas privilegiadas, pois os seus conteúdos são tão abstratos que nem todos podem entendê-los.
O professor deve mudar sua forma de ver e ensinar, pois tudo isso é contrário ao que os grandes estudiosos da educação já vêm falando há algum tempo. Muitos estudiosos se preocuparam e se preocupam até hoje em saber de que forma o conhecimento se origina e evolui.
Por exemplo, Jean Piaget diz que as estruturas do pensamento são adquiridas pela ação do sujeito sobre o meio, portanto cabe ao professor criar condições para a construção progressiva dessas estruturas através de atividades que envolvam experimentação, reflexão e descobertas.
A matemática tem que ser percebida pelo aluno como parte de sua vida.Moacir Gadotti, no seu livro Educação e Compromisso, diz que o saber tem um preço.O conhecimento novo é resultado de um longo processo em constante construção nos indivíduos.
Dione Lucchesi de Carvalho, no seu livro Metodologia do Ensino da Matemática, diz que “a sala de aula não é o ponto de encontro de alunos totalmente ignorantes com o professor totalmente sábio, e sim um local onde interagem alunos com conhecimento do senso comum, que almejam a aquisição de conhecimentos sistematizados, e um professor cuja competência está em medir o acesso do aluno a tais conhecimentos”.
Interação, essa é a palavra!
Cada aluno tem a capacidade de processar as informações de uma mesma realidade, criando significados próprios e construindo o seu próprio conhecimento. Para que isso ocorra, o professor deve adotar uma linguagem simples, clara e objetiva, evitando assim o desinteresse do aluno. Contextualizando sempre de forma bem prática a aprendizagem. Interagindo com esses alunos.
Um bom professor deve ter amplos conhecimentos da disciplina que ensina, ser competente, ter entusiasmo, ser comunicativo e envolver seus alunos. Para isso, deve utilizar diversas técnicas que desenvolvam o raciocínio lógico de seus alunos.
Não estou querendo dizer que seja fácil, mas é nossa função enquanto educadores, despertar o interesse dos nossos alunos e fazê-los aprender. Cabe ao professor não apenas conhecer, mas, sobretudo dominar os métodos e técnicas de ensino, para assim promover os caminhos de aprendizagem que seus alunos irão trilhar.
Andréa Cristina Sória Prieto Consultora Pedagógica em Matemática na Futurekids do Brasil. Pós-Graduada em Psicopedagogia e Direito Educacional com Graduação em Pedagogia






























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