“Diga-me o que você come e eu lhe
direi o que você é” – essa frase do gastrônomo francês Jean Anthelme
Brillat-Savarin foi celebrizada em 1825 e ganhou fama mundial.
No Brasil, falamos que “você é o
que você come”. Desdobramentos à parte, esse conceito tem por base a crença na
enorme influência da alimentação na formação do corpo e no equilíbrio da mente.
Se pensarmos no cenário
brasileiro atual, em que a maior parte das pessoas segue a tradicional dieta
ocidental – pró-inflamatória e repleta de açúcares, farinhas brancas refinadas,
carnes e laticínios de animais criados em escala industrial com antibióticos e
hormônios, além de vegetais com altas taxas de agrotóxicos – podemos concluir
que “você não é apenas o que come, mas também o quanto e como come”.
A alimentação pode definir o bom
ou o mau funcionamento do organismo. Saber fazer a melhor mistura diária de
alimentos que a natureza fornece é a melhor forma de se obter uma ingestão
calórica e nutricional balanceada, que beneficie todos os órgãos do corpo.
No planejamento do nosso
cardápio, podemos incluir alguns alimentos que comprovadamente atuam para um
melhor funcionamento cerebral: melhor concentração, agilidade de pensamento e
boa memória.
De acordo com a nutricionista da
farmácia Desejo Saúde, Alessandra Rocha, a inserção na dieta de alimentos ricos
em colina é uma boa estratégia para quem visa melhorar a memória. Ela está
presente na gema do ovo, no bife de fígado e na lecitina de soja.
O antigo conselho que diz que
comer peixe toda semana faz bem ao cérebro tem um fundo de verdade. Para
combater os “brancos” que às vezes nos deixam numa situação constrangedora,
vale incluir no cardápio o salmão e a sardinha, ricos em ômega 3, outro componente
que beneficia a memória.
“Esse ácido graxo não só favorece
o nascimento de neurônios como protege os já existentes, o que diminui os
riscos de doenças degenerativas como Alzheimer e Parkinson. Só não vale
congelar esses peixes, pois isso diminui a composição em cerca de 30% do ômega
3. O nutriente pode também ser encontrado nas nozes, nas verduras escuras e no
azeite de oliva extra virgem”, Alessandra complementa.
E quanto às frutas? Uma que
contribui para o bom funcionamento cerebral é a maçã. A nutricionista recomenda
o consumo de uma maçã por dia. “Por ser uma fonte de fisetina – composto que
favorece o amadurecimento das células nervosas – a maçã é uma fruta que
estimula os mecanismos cerebrais relacionados à memória”, Alessandra afirma. O
velho ditado inglês diz “uma maçã por dia mantém o médico longe” pode ser
facilmente aplicado aos benefícios que esta fruta traz também ao cérebro.
O bom funcionamento das células
do sistema neurológico e do sistema nervoso necessita do equilíbrio e variedade
no consumo de alimentos. Os efeitos não são instantâneos, mas cumulativos, o
que torna imprescindível desenvolver o hábito de comer bem dia após dia.
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