De que adianta “consertar” o
mundo lá fora, se, dentro de nós, ainda existem muita poluição mental, um
crescente acúmulo de lixo emocional e um grande desperdício de riquezas
pessoais?
Por: Deborah Milani
Hoje em dia, fala-se muito em
ecologia. Ouve-se muito a respeito de sustentabilidade, desenvolvimento
sustentável e afins. Exemplos: “compre eletrodomésticos que diminuam o consumo
de energia elétrica”, “coloque, em seu carro, filtros e catalisadores para a
fumaça do escapamento”, “reutilize a água da chuva, a água da máquina de lavar,
a água da lavagem das verduras”, “aproveite e cozinhe as cascas e os talos dos
alimentos”, “recicle o lixo”, “utilize os mil e um recursos da garrafa PET”,
“aproveite a energia solar, a energia do vento, a sua energia motora”... e por
aí afora.
Ótimo! Todas essas medidas são
fundamentais para compensar o prejuízo que nossos ancestrais – e nós mesmos –
causaram, há séculos, no Planeta. Também, dessa forma, preservaremos o pouco
que resta, para os nossos descendentes – e para nós mesmos!
Mas, de que adianta “consertar”
lá fora, se dentro de nós ainda existem muita poluição mental, um crescente
acúmulo de lixo emocional e desperdício de riquezas pessoais?
Uma vez presenciei uma verdadeira
guerra familiar – porque aquilo deixou de ser uma simples discussão há
palavrões de distância. O fato é que, por pura distração pela falta de hábito,
a mãe havia desprezado a caixinha de leite vazia, no cesto de lixo orgânico. A
filha, associada à Ongs ecológicas, indignou-se com o acontecido e, não
perdoando a ação da mãe, esbravejou, xingou, gritou, esperneou... porque ela
fazia o sacrifício de separar o lixo reciclável, e isto era o mínimo que as
pessoas poderiam fazer, porém, a mãe não o fez!
Assisti àquela cena,
constrangida, pensando no que, na realidade, deveria ser reciclado ali. Talvez
aquele ódio momentâneo da moça, quem sabe um velho acúmulo de mágoas e
ressentimentos de coisas mal resolvidas, ou pura e simples falta de paciência,
de diálogo e de compreensão... Bobagens cotidianas que vamos juntando, uma após
outra e, quando nos damos conta, amontoamos uma porção de lixo emocional, que
ocupa espaço em nossos relacionamentos, na organização das nossas ideias, no
entendimento e aplicação de nossos valores morais.
De que adianta salvar baleias no
meio do oceano, se não salvamos as relações no quintal das nossas casas? De que
adianta, pregar a ecologia e princípios de sustentabilidade para salvar o
Planeta, se nós não salvamos a nós mesmos?
Toda e qualquer ação precisa
iniciar-se dentro de nós! Primeiro eu me ajudo para poder ajudar o outro – isso
garante, inclusive, preparo pessoal para dar suporte a outrem.
Para poder praticar ecologia
pessoal, é necessário cuidar da nossa própria felicidade, da saúde, do
bem-estar, dos nossos relacionamentos, da nossa espiritualidade. Trata-se da
busca pelo equilíbrio pessoal em todos os sentidos.
Algumas atitudes simples e
frequentes que não custam muito, como demonstrações de afeto, um sorriso
sincero, um abraço, menos pressa e mais compreensão, disponibilidade para estar
com o outro, são tão eficazes para a sustentabilidade humana quanto é reciclar
lixo, salvar baleias e pandas ou praticar o reflorestamento, para o
desenvolvimento sustentável do Planeta.
Recicle – crie um novo ciclo –
para seus sentimentos guardados: expresse-os sob alguma forma de arte! Renove
suas emoções e pratique o perdão.
Utilize a energia solar que,
certamente, brilha no seu coração, para iluminar o ambiente à sua volta, dando
um novo vigor à sua vida. Exercite a sustentabilidade na alma e faça do seu
mundo, um mundo melhor! Lembre-se: um mundo melhor começa em cada um de nós!
1 comentários:
estou comemorando 4 mil visitinha
e venho trazer o selinho
para compartilhamos esse
momento juntas
aqui estar:
http://presentesganhosdapalavrasdemenina.blogspot.com/
lindo domingo bjs
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