Cuidar de seu pai doente, de sua
mãe, de sua avó ou de seu marido poderá ser não somente uma realidade que a
vida nos proporciona, mas poderá ser também uma imposição ou mesmo um grande
sacrifício. Ninguém se prepara para ser cuidador familiar, simplesmente
acontece. Assim, o Credo do Cuidador Familiar deverá nortear o seu trabalho,
mostrando todas as demandas e as dificuldades que encontrará, ciente de suas
possibilidades, expectativas e aspirações. Você ficará melhor consigo mesmo e
poderá auxiliar e amar mais o idoso que cuida. Leia-o com atenção e grave-o em
seu coração:
Eu cuido muito bem de mim. Se não estou em
boas condições de saúde física e psicológica, não poderei cuidar da pessoa
idosa .
Eu aceito que cuidar de idoso envolve uma
grande variedade de emoções, da raiva à alegria, do ressentimento à compaixão.
Eu aceito que os meus sentimentos, em
relação ao idoso que cuido, não estão certos nem errados. Simplesmente, são tão
naturais e inevitáveis como o ato de respirar.
Eu tenho o direito de receber consideração,
afeto, perdão e aceitação do idoso que cuido, enquanto eu ofereço também estas
qualidades em troca.
Eu devo pedir e aceitar ajuda de outras
pessoas. Eu envolverei a minha família, os meus amigos e a comunidade no
acompanhamento do idoso que cuido. Sei que não é minha função cuidar de tudo e
fazer tudo sozinho.
Eu procuro sempre informações que podem
ajudar-me como um cuidador. Eu reconheço que a informação é poder. Também
reconheço que, quanto mais capacitação e informação eu obter, melhor será o
cuidado com o idoso.
Eu respeito as preferências e as decisões
do idoso que estou cuidando. Eu ofereço ao idoso a dignidade, o carinho e
cortesia que eu gostaria de receber, se a situação se invertesse. Eu tenho o
direito de rejeitar qualquer tentativa do idoso (consciente ou inconsciente)
para manipular-me através de culpa, raiva ou depressão.
Reconheço que a mudança – para bem ou para
mal – é uma parte natural do processo de cuidar de um idoso. Eu me mantenho
flexível e aberto à mudanças.
Eu celebro os pequenos êxitos e me permito
lamentar as decepções. Eu compartilho os meus sentimentos com aquelas pessoas
em quem confio.
Estou consciente de minhas próprias
necessidades e de resguardar os meus direitos como um cuidador. Eu não permito
que a minha função de cuidador possa atrapalhar outros aspectos da minha vida.
Eu me perdôo pelos meus defeitos e
felicito-me pelo esforço e amor que eu coloquei no meu trabalho de cuidador de
meu idoso querido e amado.
Adaptado de: http://careliving.net/creed.aspx
Márcio
Borges
Geriatra
- marcioborges@cuidardeidosos.com.br
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