domingo, 7 de junho de 2009

A memoria não se treina pela memoria

Não há memória ruim, e, sim, memória mal treinada.
Tem havido um grande equívoco na maneira como se tem pretendido treinar a memória.
A memória é uma das funções cognitivas e não é um segmento isolado no processo mental; ela não é causa e, sim, conseqüência; portanto, não se treina a memória pela memória, como pretendem certas abordagens e “jogos para a memória”.
A memória depende da cognição, que é a operação do intelecto pela qual entramos em contato com o meio ambiente e estruturamos as informações. A memória depende da cognição; por isso, treinar a memória deve significar, na verdade, treinar a cognição. E quem fala em treinar a cognição, fala em treinar os sentidos, que são os veículos de levar informações aos centros que vão registrá-las, sendo o maior deles o cérebro.
Para se ter boa memória é preciso, em primeiro lugar, estar ciente de que não há memória ruim e, sim, cognição mal treinada; então, para adquirir uma “boa” memória, podemos fornecer algumas “dicas”, o que será objeto de nosso próximo artigo.
Dicas para uma boa memória
1. Convença-se de que não há memória ruim e, sim, memória mal treinada.
2. O interesse é o pai da memória; portanto, tenha interesse por tudo. Qualquer coisa, dentro do âmbito de seus estudos e trabalho ou fora deles deve despertar seu interesse.
3. Procure aprender tudo com significado. Todas as coisas são mais do que aquilo que elas apresentam. Descubra esse significado.
4. Nunca aprenda itens isolados. Para que haja uma coisa, é preciso que haja três coisas: o que dá origem a ela, a coisa em si e a relação entre elas. Procure sempre aprender o nome todo de uma pessoa, não somente o primeiro nome.
5. Na verdade, ninguém quer aprender a memorizar, pois isso é um processo natural. O que é preciso aprender é lembrar, é trazer à lembrança dados e informações.
6. Aprenda a ver. Aprenda a sentir as coisas pelo tato. Aprenda a distinguir cheiros. Aprenda a distinguir sons. Como fazer tudo isso? Prestando toda atenção ficando inteiro naquilo que estiver fazendo no momento.
7. Para lembrar, é muito útil ter laços mentais, pontos que vão buscar por associações de idéias aquilo que queremos trazer à mente. “Laços mentais” são pontos de referência.
8. Descubra o tipo de informação: Números? Rimas? Relacionando? Entendendo por raciocínio? Criando imagens mentais da situação?
9. Cada uma das modalidades, apresentadas no item anterior, constitui um código. Procure memorizar então em mais de um código.
10. Use os recursos do sistema de Autopreservação e Preservação da Espécie (SAPE) [Vejam em Emotologia], que é o nosso deus interior. Peça ao SAPE que lhe forneça o item que você quer lembrar. Faça isso e aguarde com a certeza de que será atendido.

Professor Luiz Machado, Ph. D.
Cientista Fundador da Cidade do Cérebro
Mentor da Emotologia

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