Saiba
mais sobre o que é a Fisioterapia Uroginecológica!
O assoalho pélvico está
relacionado com a continência e a sexualidade. Mantê-lo saudável significa ter
uma vida plena em todos os sentidos. Este tipo de Fisioterapia atende a ambos
os sexos, da infância à 3a idade, previne e trata incontinência urinária e
fecal, constipação intestinal, dores, problemas sexuais, enurese, doenças
neurológicas que alteram a bexiga e intestino bem como cirurgias perineias.
O público alvo beneficiado
abrange pacientes com patologias urológicas e ano-retais femininas e
masculinas, em evidência a constipação intestinal, incontinência anal ou
urinária, dor anorretal, proctalgias e dores pélvicas.
A atuação da fisioterapia melhora
e diminui as disfunções da estática lombopélvica, facilitando a função
uroesfincteriana e promovendo até a correção de outras disfunções. No tratamento
fisioterápico são utilizados diversos recursos conservadores como a
cinesioterapia, ginástica hipopressiva, estimulação elétrica, exercícios
proprioceptivos, biofeedback (manométrico e EMG), calendário miccional,
treinamento vesical e orientações gerais prescritas após minuciosa avaliação e
reavaliações constantes.
O biofeedback é uma ferramenta
importante para nós fisioterapeutas no que diz respeito ao processo avaliativo
do assoalho pélvico, tornando os resultados mais aceitáveis cientificamente e
reproduzíveis para o paciente e outros profissionais da área da saúde. Ele pode
ser indicado em todas patologias urológicas masculinas e femininas, mas a sua
eficácia e maior comprovação de êxito, tem sido nas incontinências urinárias de
esforço e patologias ano-retais, principalmente por que a função do “bio” é o
treinamento da musculatura do assoalho pélvico.
Também podemos utilizá-lo para
treinarmos o relaxamento perineal e esfincteriano, na coloproctologia e
prostatecotmizados.
Em uma clássica definição o biofeedback
é um procedimento terapêutico que se utiliza de instrumentos eletrônicos e
eletromecânicos para medir, processar e retroagir informações de reforço
através de sinais visuais ou auditivos. Esta técnica é utilizada para ajudar
indivíduos a adquirirem ou desenvolverem um melhor controle voluntário no
relaxamento neuromuscular ou na reeducação muscular após uma lesão.
Ele atua como uma técnica que é
aplicada com a utilização de equipamentos (usualmente eletrônicos) para revelar
aos seres humanos alguns de seus eventos fisiológicos internos, normais e
anormais, na forma de sinais visuais e auditivos, com o intuito de ensiná-los a
controlar esses eventos involuntários ou insensíveis através da manipulação dos
sinais mostrados, podemos também dizer que biofeedback é um tipo de terapia
comportamental através do qual um processo fisiológico normalmente inconsciente
(contração/relaxamento muscular) é mostrado ao paciente e ao profissional como
um estímulo visual e/ou auditivo.
Esta terapia comportamental é toda e qualquer
intervenção específica realizada com o intuito de alterar a relação entre os
sinais e sintomas do paciente e seu meio-ambiente. Essas intervenções
específicas devem modificar o comportamento do paciente e/ou o meio em que ele
se encontra”.
Como parte integrante de técnicas
utilizadas pela fisioterapia, o biofeedback tem papel fundamental na
reaquisição de funções musculares perdidas ou esquecidas após uma lesão, na
ativação de unidades motoras, no relaxamento ou diminuição da hiperatividade muscular
e na reeducação do controle voluntário dos grupos musculares estriados
superficiais. Isto é atingido através da utilização de informações e estímulos
intrínsecos – cinestésicos, visuais, auditivos, cutâneos e vestibulares – e
extrínsecos – verbal, mecânico ou elétrico.
As sessões promovem um método não
invasivo, seguro e fácil que permite quantificar a energia de um músculo. É
possível visualizar o sinergismo nos padrões energéticos que não seriam
visíveis a olho nu. A técnica permite que o fisioterapeuta e o paciente vejam a
atividade do músculo em repouso e modificando continuamente, de acordo com o
curso do movimento. É bom lembrar que os conhecimentos da anatomia palpatória,
testes musculares e observação visual da postura e do movimento não devem ser
descartados.
O tratamento do biofeedback não é
isolado, necessita de outras técnicas associadas para um melhor êxito.
Inicialmente, devemos ter o diagnóstico correto do paciente, avaliarmos o caso
e sugerir o tratamento. Geralmente são utilizados eletrodos intra-cavitários e
o paciente realiza protocolos de contração e relaxamento perineal, buscando a
ativação, percepção, aprendizado, performance e a coordenação da
contração/relaxamento do assoalho pélvico. O biofeedback se torna também, além
de tratamento, uma ferramenta de avaliação e comparação dos resultados obtidos
durante todo o tratamento, além de informar constantemente o paciente do estado
e funcionamento da sua musculatura do assoalho pélvico.
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