
A revolução tecnológica, que avança de forma cada vez mais surpreendente, oferece tantas vantagens de comunicação e de informação que acaba por proporcionar à criança uma visão de mundo globalizada, opções de prazer e de lazer muito mais rápidas, formas de relacionamento muito mais dinâmicas, cultura e informação muito mais fáceis.

Ao contrário do que acontece no
campo das ciências experimentais, no âmbito da educação não há possibilidade de
semelhante acúmulo de conhecimento, pois a capacidade do homem de aprender
começa sempre do básico e, portanto, cada pessoa e cada geração deverá aprender
e reaprender pessoalmente os conteúdos das diversas ciências por meio do
processo educacional.
Outro aspecto que merece destaque neste início de século são as mudanças no âmbito familiar. Diversos motivos sociais, econômicos e filosóficos foram pressionando os responsáveis pela educação a que se afastassem paulatinamente de seus deveres formativos e, muitas vezes, a que delegassem essa tarefa a outras entidades.
Nesse momento, os fundamentos
éticos costumam ser abalados, e surgem incertezas e confusões no exercício da
liberdade, que trazem sempre transtornos físicos, psíquicos e morais.
Supõe-se que os inputs sensitivos que uma criança recebe no mundo de hoje são mais intensos e frequentes que outrora no passado. Se isto se comprova, parece lógico que ela precisa de muito mais cuidados e atenções do que antigamente. Ora, a criança sempre foi dependente de um adulto para orientar sua afetividade desenfreada, já que esta não goza de racionalidade.
Na realidade, o que se tem evidenciado em tantos estudos, como o de Collins e outros (2004), publicado pela Academia Americana de Pediatria, é que a omissão familiar tem sido substituída pela (des)orientação dos meios de comunicação.
Uma vez assimilados aqueles modelos como referências, os jovens passam a experimentar socialmente a conduta ditada pela TV.
Diante desta realidade que vai
crescendo de forma exponencial, vale indagar se estes novos comportamentos
apresentados pelos jovens estarão afetando o desenvolvimento correto da sua
afetividade. Será que não há alguma relação entre essa exagerada carga
sensitiva que os jovens estão recebendo diariamente e os desajustes psíquicos
cada vez mais comuns entre eles: depressão, solidão, timidez, diversas
síndromes, insegurança, imaturidade, complexos?
Nessa mesma direção estão indo os
recentes estudos da psicologia positiva. Os médicos estão descobrindo que, mais
do que ficar curando doenças dos velhos que se manifestam nos jovens, é melhor
potencializar o aprendizado das virtudes éticas como forma de prevenir algumas
enfermidades e inclusive retardar a morte nas pessoas mais velhas.
Concluo, portanto, que os pais
deveriam estar não só preocupados com a proteção física de seus filhos, mas
tentar enxergar novos âmbitos nesses cuidados, que muitas vezes quando se
descuidam são muito mais dolorosos.
http://malheirodesagres.blogspot.com/2011/10/educacao-e-saude-mental.html
1 comentários:
como sempre um prazer vir neste cantinho. Bom dia amiga e que teu sábado seja em efetivo com muitos sorrisos. Venho hoje te convidar para as brincadeiras BLOGUEIRO OCULTO e o MAGIA DO NATAL que estou lançando no salão azul da Ilha, o convite e o link se encontram lá, ficaria muito feliz com tua participação. Beijos no coração!
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