quinta-feira, 28 de junho de 2012

Alzheimer: acima de tudo uma moléstia espiritual.


É Possível Evitar


Por *Dr. Américo Marques Canhoto

Queremos dividir com os leitores um pouco de algumas das observações pessoais a respeito dessa moléstia, fundamentadas em casos de consultório e na vida familiar - dois casos na família.
Achamos importante também analisar o problema dos cuidadores do doente (família).

Além de trazer à discussão o problema da precocidade com que as coisas acontecem no momento atual.
Será que as projeções estatísticas de alguns anos atrás valem para hoje?
Serão confiáveis como sempre foram?
Se tudo está mais precoce, o que impede de doenças com possibilidade de surgirem lá pelos 65 anos de idade apareçam lá pela casa dos 50 ou até menos?

Alerta

- É incalculável o número de pessoas de todas as idades (até crianças) que já apresentam alterações de memória recente e de déficit de atenção (primeira fase da doença de Alzheimer). Lógico que os motivos são o estilo de vida atual, estresse crônico, distúrbios do sono, medicamentos, estimulantes como a cafeína e outros etc.
Mas, quem garante que nosso estilo de vida vai mudar?
Então, quanto tempo o organismo suportará antes de começar a degenerar?
É possível que em breve tenhamos jovens com Alzheimer?

Alguns traços de personalidade das pessoas portadoras de Alzheimer

Em nossa experiência, temos observado algumas características que se repetem:

a) Costumam ser muito focadas em si mesmas.
b) Vivem em função das suas necessidades e das pessoas com as quais criam um processo de co-dependência e até de simbiose.
c) Seus objetivos de vida são limitados (em se tratando de evolução).
d) São de poucos amigos.
e) Gostam de viver isoladas.
f) Não ousam mudar.
g) Conservadoras até o limite.
h) Sua dieta é sempre a mesma.
i) Criam para si uma rotina de 'ratinho de laboratório'.
j) São muito metódicas.
k) Costumam apresentar pensamentos circulares e ideias repetitivas bem antes da doença se caracterizar.
l) Cultivam manias e desenvolvem TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) com frequência.
m) Teimosas, desconfiadas, não gostam de pensar.
n) Leitura os enfastia.
o) Não são chegadas em ajudar o próximo.
p) Avessas á prática de atividades físicas.
q) Facilmente entram em depressão.
r) Agressivas contidas.
s) Lidam mal com as frustrações que sempre tentam camuflar.
t) Não se engajam.
u) Apresentam distúrbios da sexualidade como impotência precoce e frigidez.
v) Bloqueadas na afetividade e na sexualidade. Algumas têm dificuldades em manifestar carinho, para elas um abraço, um beijo, um afago requer um esforço sobre-humano.

Gatilhos que costumam desencadear o processo

- Na atualidade a parcela da população que corre mais risco, são os que se aposentam - especialmente os que se aposentam cedo e não criam objetivos de vida de troca interativa em sequência. Isolam-se.

- Adoram TV porque não os obriga a raciocinar, pois não gostam de pensar para não precisar fazer escolhas ou mudanças.

- Avarentos de afeto e carentes de trocas afetivas quando não podem vampirizar os parentes, deprimem-se escancarando as portas para a degeneração fisiológica e principalmente para os processos obsessivos. Nessa situação degeneram com incrível rapidez, de uma hora para outra.
 Alzheimer e mediunidade

- No decorrer do processo os laços fluídicos ficam tão flexíveis que eles falam com pessoas que não enxergamos nem sentimos.
Chegam a transmitir o que dizem os desencarnados ou são usados de forma direta para comunicações.

Esta condição fluídica permite que acessem com facilidade ao filme das vidas passadas (bem mais a última) - muitas vezes nesses momentos, nos nomeiam e nos tratam como se fossemos outras pessoas que viveram com eles na última existência e nos relatam o que fizemos juntos, caso tenhamos vivido próximos na última existência.
Vale aqui uma ressalva, esse fato ocorre em muitos doentes terminais e em algumas pessoas durante processos febris.

Obsessão

- É bem comum que a doença insidiosamente se instale através de um processo arquitetado por obsessores, pois os que costumam apresentar essa doença não são muitos adeptos da ajuda ao próximo e do amor incondicional; daí ficam vulneráveis às vinganças e retaliações.
É raro que bons tarefeiros a serviço do Cristo transformem-se em Alzheimer.
Mas, quem é ou quais são os alvos do processo obsessivo?
O doente ou a família?

Alzheimer - o umbral para os ainda encarnados

- O medo de dormir reflete, dentre outras coisas, as companhias espirituais nada agradáveis.
Os 'cuidadores' desses pacientes tem mil histórias a contar e muitos depoimentos a fazer. Esse assunto merece muitos comentários.

O espírito volta para a vitrine

- Tal e qual o espírito que reencarna; pois na infância nosso espírito está na vitrine, já que ainda não sofreu a ação da educação formal.
Esse tipo de doença libera toda a nossa real condição que, perde as contenções da personalidade formal e mostra sua verdadeira condição: nua e crua.

Para quê? Quem pode se beneficiar com isso? Serão os familiares mais atentos? Os profissionais da saúde?

Como médico, tive um caso curioso, nosso paciente se beneficiava na parte cognitiva com a medicação específica mas, tivemos que suspendê-la, pois, ele que antes parecia um 'docinho de coco', com o evoluir da doença, mostrou sua personalidade agressiva e manifestava-se de tal forma que chegou a ser expulso de uma clínica especializada pois, do nada, agredia os outros internos - na decisão de consenso optou-se por manter as tradicionais 'camisas de força'
(remédios que todos conhecem).
                                            
Os cuidadores

- Mesmo com medo de ter que 'cuidar de uma antiga criança mal educada' como se tornam os portadores dessa doença; ela não deixa de ser uma oportunidade ímpar de desenvolvermos qualidades espirituais a 'toque de caixa'.
Feliz de quem encara essa tarefa sem dia sem noite, sem férias. Pena que algumas pessoas não sejam capazes de suportar tal tarefa com calma - Quem se arrisca a encarar com bom humor e realizar o que for possível ajudando a esse irmão?
Serão os cuidadores vítimas ou felizardos?
O que isso tem a ver com o passado? Cada qual que decida...
Quantos cuidadores se tornarão doentes?

- Alerta: Cuidadores costumam não aprender nada e, repetem a lição para os outros, tornam-se ferramentas de aprendizado.

O que é possível aprender como cuidador?

Paciência, tolerância, aceitação, dedicação incondicional ao próximo, desprendimento, humildade, inteligência, capacidade de decidir por si e pelo outro.
Amor.
Para o cuidador é diferente o Alzheimer rico do pobre?

- O que mais se vê é o pobre sendo cuidado pela família e o rico sendo cuidado por terceiros.

Quem ganha o quê e quanto?
Terceirizar tem algum mérito?
Tornar-se doente de Alzheimer na classe média é uma loteria; por quem ou onde seremos 'cuidados'?

Cuidador ou responsável?

- Tal e qual na infância têm pais ou responsáveis, neste caso vale a mesma analogia.

O que o cuidador ganha ou perde?

- Vale a pena abdicar de uma tarefa de vida para cuidar de uma pessoa que tudo fez para ficar nessa condição de necessitado?
- Quem ou o que dita os valores?
- Quem ganha ou perde o que? Em que condições?
- Na dúvida chame Jesus, Ele explica tudo muito bem...

O problema da obsessão
- Quem obsidia quem?

Cuidador e doente são antigos obsessores um do outro - não é preciso recuar muito no tempo, pois mesmo nesta existência, com um pouco de honestidade dá para analisar o processo em andamento; na dúvida basta analisar as relações familiares, como as coisas ocorreram.

Não foi possível? - não importa; basta que hoje, no decorrer do processo da doença, avaliemos o que nos diz o doente nas suas 'crises de mediunidade':
- você fez isso ou aquilo, agora vai ver! - preste muita atenção em tudo que o doente diz, pois aí, pode estar a chave para entendermos a relação entre o passado e o presente.

Quem ganha e quem perde a briga?

O doente parece estar em situação desfavorável, pois aparentemente perdeu a capacidade de arquitetar, decidir - mas, quem sabe ele abriu mão disso, para tornar-se simples instrumento de outros desencarnados que estão em melhores condições de azucrinar a vida do inimigo (alianças e conchavos) - Quem sabe?

A dieta influencia

- Os portadores da doença costumam ter hábitos de alimentação sem muita variação centrada em carboidratos e alimentos industrializados.
Descuidam-se no uso de frutas, verduras e legumes frescos, além de alimentos ricos em ômega 3 e ômega 6;
Devem consumir mais peixe e gorduras de origem vegetal (castanha do Pará, nozes, coco, azeite de oliva extra virgem, óleo de semente de gergelim).
Estudos recentes mostram que até os processos depressivos podem ser atenuados ou evitados pela mudança de dieta.

Doença silenciosa?

- Nem tanto, pois avisos é que não faltam, desde a infância analisando e estudando as características da criança, é possível diagnosticar boa parte dos problemas que se apresentarão para serem resolvidos durante a atual existência, até o problema da doença de Alzheimer.
Dia após dia, fase após fase o quadro do que nos espera no futuro vai ficando claro.

Fique esperto: Evangelize-se (no sentido de praticar não de apenas conhecer) para não precisar voltar a usar fraldas.

O mal de Alzheimer é hereditário?
Pode ser transmitido?

- Sim pode, mas não de forma passiva inscrito no DNA, e sim, pelo aprendizado e pela cópia de modelos de comportamento.
Lógico que pode ser contagioso; mas pela convivência descuidada fruto de uma educação sem Evangelização.

Remédios resolvem?

- Ajudar até que ajudam; mas resolver é impossível, ilógico e cruel se, possível fosse - pois, nem todos tem acesso a todos os recursos ao mesmo tempo.

Remédios usados sem a contrapartida da reforma no pensar, sentir e agir podem causar terríveis problemas de atraso evolutivo individual e coletivo; pois apenas abrandam os efeitos sem mexer nas causas. Tapam o sol com a peneira.

Remédios previnem?

- Claro que não, apenas adiam o inexorável. Quanto a isso, até os cientistas mais agnósticos concordam.
Um dos mais eficazes remédios já inventados foram os grupos de apoio à terceira idade.
A convivência saudável e as atividades que possam ser feitas em grupo geram um fluxo de energia curativa.
A doença de Alzheimer acima de tudo é uma moléstia que reflete o isolamento do espírito que se torna solitário por opção.
O interesse pelos amigos é um bom remédio.

Qual a vacina?

- Desde que saibamos separar a vacina ativa da passiva.

O ato de nos vacinarmos contra a doença de Alzheimer é o de estudar as características de personalidade, caráter e comportamento dos que a vivenciam, para que não as repitamos.
A melhor e mais eficiente delas é o estudo, o desenvolvimento da inteligência, da criatividade e a prática da caridade.
Seguir ao pé da letra o recado que nos deixou o Espírito da Verdade:
'Amai-vos e instruí-vos'.

Quer evitar tornar-se um Alzheimer?

Torne sua vida produtiva, pratique sem cessar o perdão e a caridade com muito esforço e inteligência.
Muito mais há para ser analisado e discutido sobre este problema evolutivo que promete nos visitar cada dia mais precocemente, além das dúvidas que levantamos esperamos que os interessados não se furtem ao saudável debate.

*Américo Marques Canhoto, médico especialista, casado, pai de quatro filhos. Nasceu em Castelo de Mação, Santarém, Portugal. Médico da família desde 1978. Atualmente, atende em São Bernardo do Campo e São José do Rio Preto - Estado de São Paulo - BR.
Conheceu o Espiritismo em 1988. Recebia pacientes que se diziam indicados por um médico: Dr. Eduardo Monteiro. - Procurando por este colega de profissão, descobriu que esse médico era um espírito, que lhe informou: Alzheimer acima de tudo é uma moléstia que reflete o isolamento do espírito.

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quarta-feira, 27 de junho de 2012

Alimentos que influenciam no bom desempenho cerebral.



“Diga-me o que você come e eu lhe direi o que você é” – essa frase do gastrônomo francês Jean Anthelme Brillat-Savarin foi celebrizada em 1825 e ganhou fama mundial.

No Brasil, falamos que “você é o que você come”. Desdobramentos à parte, esse conceito tem por base a crença na enorme influência da alimentação na formação do corpo e no equilíbrio da mente.

Se pensarmos no cenário brasileiro atual, em que a maior parte das pessoas segue a tradicional dieta ocidental – pró-inflamatória e repleta de açúcares, farinhas brancas refinadas, carnes e laticínios de animais criados em escala industrial com antibióticos e hormônios, além de vegetais com altas taxas de agrotóxicos – podemos concluir que “você não é apenas o que come, mas também o quanto e como come”.

A alimentação pode definir o bom ou o mau funcionamento do organismo. Saber fazer a melhor mistura diária de alimentos que a natureza fornece é a melhor forma de se obter uma ingestão calórica e nutricional balanceada, que beneficie todos os órgãos do corpo.

No planejamento do nosso cardápio, podemos incluir alguns alimentos que comprovadamente atuam para um melhor funcionamento cerebral: melhor concentração, agilidade de pensamento e boa memória.

De acordo com a nutricionista da farmácia Desejo Saúde, Alessandra Rocha, a inserção na dieta de alimentos ricos em colina é uma boa estratégia para quem visa melhorar a memória. Ela está presente na gema do ovo, no bife de fígado e na lecitina de soja.

O antigo conselho que diz que comer peixe toda semana faz bem ao cérebro tem um fundo de verdade. Para combater os “brancos” que às vezes nos deixam numa situação constrangedora, vale incluir no cardápio o salmão e a sardinha, ricos em ômega 3, outro componente que beneficia a memória.

“Esse ácido graxo não só favorece o nascimento de neurônios como protege os já existentes, o que diminui os riscos de doenças degenerativas como Alzheimer e Parkinson. Só não vale congelar esses peixes, pois isso diminui a composição em cerca de 30% do ômega 3. O nutriente pode também ser encontrado nas nozes, nas verduras escuras e no azeite de oliva extra virgem”, Alessandra complementa.

E quanto às frutas? Uma que contribui para o bom funcionamento cerebral é a maçã. A nutricionista recomenda o consumo de uma maçã por dia. “Por ser uma fonte de fisetina – composto que favorece o amadurecimento das células nervosas – a maçã é uma fruta que estimula os mecanismos cerebrais relacionados à memória”, Alessandra afirma. O velho ditado inglês diz “uma maçã por dia mantém o médico longe” pode ser facilmente aplicado aos benefícios que esta fruta traz também ao cérebro.

O bom funcionamento das células do sistema neurológico e do sistema nervoso necessita do equilíbrio e variedade no consumo de alimentos. Os efeitos não são instantâneos, mas cumulativos, o que torna imprescindível desenvolver o hábito de comer bem dia após dia.



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sábado, 23 de junho de 2012

VIVA SÃO JOÃO!!!



Quem resiste ao encanto e a magia da Festa de São João? Há quem goste de Festa Junina pela pipoca saborosa acompanhada do bom e velho quentão, pelos amendoins irresistíveis servidos nas tendas, pelos deliciosos pratos servidos na festa à caipira, pelas brincadeiras e pescarias, pela quadrilha dançando ao redor da fogueira, pela magia dos balões ou também pela irreverência do casamento à caipira e pelas danças típicas de São João. São tantos os atrativos das Festas Juninas, não é mesmo?

Há também quem aproveite a data para abusar das simpatias para arrumar namorado, marido, afinal esta é a data mais propícia, segundo os supersticiosos, para pedir aquele “empurrãozinho” ao Santo Antônio e fisgar de vez aquela pessoa especial!

A verdade é que esta festa de São João é cheia de magia e deve ser comemorada sim! Vale comemorar no trabalho, na escola, na faculdade, com os amigos da rua, não importa o lugar, o que vale mesmo é a criatividade nos preparativos da festa e claro, animação é que não pode faltar!
As comemorações iniciam sempre um pouco antes da data, que é comemorada oficialmente entre os dias 23 e 24 de junho.
  

Chegou a hora da fogueira
É noite de São João
O céu fica todo iluminado
Fica o céu todo estrelado
Pintadinho de balão
Pensando no caboclo a noite inteira
Também fica uma fogueira
Dentro do meu coração

Quando eu era pequenino
De pé no chão
Eu cortava papel fino
Pra fazer balão
E o balão ia subindo
Para o azul da imensidão

Hoje em dia o meu destino
Não vive em paz
O balão de papel fino
Já não sobe mais
O balão da ilusão
Levou pedra e foi ao chão


O sanfoneiro só tocava isso





O baile lá na roça
Foi até o sol raiar
A casa estava cheia
Mal podia se andar!
Estava tão gostoso
Aquele reboliço
Mas é que o sanfoneiro
Só tocava isso!
De vez em quando alguém
Vinha pedindo pra mudar
O sanfoneiro ria
Querendo agradar!
Diabo é que a sanfona
Tinha qualquer enguiço!
Mas é que o sanfoneiro
Só tocava isso!

(Haroldo Lobo e Geraldo Medeiros)





Olha pro céu meu amor
Vê como ele está lindo
Olha prá quele balão multicor
Como no céu vai sumindo.
Foi numa noite igual a esta
que tu me deste o teu coração
O céu estava em festa
porque era noite de São João
Havia balões no ar
xote, baião no salão
E no terreiro o teu olhar
que incendiou meu coração.


São João é só alegria...
Que tal rir um pouquinho????
O TAXI
Um caipira estava na cidade, quando pegou um táxi.
O taxista tinha fama de conquistador. 
O caipira entrou e disse:
-ao mercado, pur favô.
E foram. No caminho, o taxista afirmou:
-Olha aquela mulher! Não é linda?
-Feia!
-Feia nada, linda!
-Feia! Feia! Feia!
E bum! O carro bate num outro da frente.
O taxista, nervoso, disse:
-Por que você não me avisou que ia bater!
-Eu tava tentando! Disse: feia! Feia! Feia!(freia) 




O ASSALTO
Dois caipiras foram assaltar a Igreja à noite.
O padre percebeu o barulho, 
acendeu as luzes e perguntou:-
Quem está aí?
Os dois caipiras ficaram calados, 
então o padre perguntou de novo:
- Quem está aí??
Um dos caipiras respondeu:
- Nois é anjo.O padre então já desconfiado diz:-
Então vôa.
O outro caipira sem titubear responde:
- Nois é fiote!!!



O CAIPIRA VAI AO DENTISTA!!!!
— Dotô, quanto custa pra arrancá um dente?
— São cem reais!
— Creio em Deus padre! 
Só pra arrancá um dente?
— Exatamente!
O caipira virou-se para ir embora, 
mas pensa um pouco,
coça o queixo e pergunta:
— E se for só pro senhor deixá ele mei bambinho?


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quinta-feira, 21 de junho de 2012

ALZHEIMER: A DOENÇA MAIS CARA DO MUNDO!


A doença de Alzheimer é um dos principais problemas de saúde pública do século XXI. Entre 24 e 37 milhões de pessoas, em todo o mundo, já vivem com a doença, ainda incurável, um número que pode chegar a 115 milhões até 2050. Os países mais pobres sofrerão imensamente com esta perspectiva, pois responderão pelo menos com 70% de todos os portadores de Alzheimer.

A doença de Alzheimer “é a mais grave crise no setor saúde e no setor social do século 21″, declarou Daisy Acosta, presidente da associação Alzheimer’s Disease International, sediada em Londres e entidade que congrega todas as associações de Alzheimer de todo o mundo. A presidente Daisy Acosta avaliou em 604 bilhões de dólares os gastos relacionados à doença em 2010, o equivalente a 1% do PIB mundial. “Se fosse um país, seria a 18ª economia do mundo em termos de PIB”, observou.

Porém, as verbas utilizadas para a pesquisa são mínimas em relação a outras doenças, observou Bill Thies, da Associação Americana de Alzheimer: “Investimos US$ 6 bilhões por ano na luta contra o câncer, US$ 4 bilhões contra as doenças cardiovasculares e US$ 2 bilhões contra a Aids. Já a pesquisa para a doença de Alzheimer movimenta apenas US$ 450 milhões”, apontou.

A doença de Alzheimer é a doença mais cara do mundo. Os medicamentos são caros, os exames de imagem e de laboratório caríssimos, acompanhamento com fisioterapia, fonoaudiologia, nutricionista, enfermagem, terapeuta ocupacional são dispendiosos... Plano de saúde, médicos...


Algum membro da família tem que parar de trabalhar para cuidar do idoso ou idosa com Alzheimer - reduz renda familiar. Geralmente, contrata-se de 1 a 2 cuidadores profissionais: salários, décimo terceiro, férias, INSS..,

Os Estados Unidos têm 5 milhões de idosos com Alzheimer. Do orçamento de 1 trilhão de dólares para o setor de saúde, somente a doença de Alzheimer consome 10%, ou seja 100 bilhões de dólares! Presidente Barak Obama está preocupadíssimo com esta situação e gasto!

E no Brasil? Temos 1,5 milhões de idosos com Alzheimer. Quem paga esta conta caríssima? Os governos federal, estadual e municipal? Brincadeira!

Quem paga a conta do Alzheimer brasileiro são os FAMILIARES BRASILEIROS! Muita coisa tem que mudar. Daqui há menos de 20 anos teremos perto de 3,5 a 4 milhões de idosos com Alzheimer. Estamos preparados para tantas necessidades de recursos humanos de saúde e recursos financeiros?


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quarta-feira, 20 de junho de 2012

Alzheimer, pelo paciente.

Médico americano conta o processo de desenvolvimento da doença, dos sintomas ao diagnóstico, e como sua rotina mudou.


Sou médico aposentado e professor de medicina. E tenho Alzheimer. Antes do meu diagnóstico, estava familiarizado com a doença, tratando pacientes com Alzheimer durante anos. Mas demorei a suspeitar da minha própria aflição.

Hoje, sabendo que tenho a doença, consegui determinar quando ela começou, há 10 anos, quando estava com 76. Eu presidia um programa mensal de palestras sobre ética médica e conhecia a maior parte dos oradores. Mas, de repente, precisei recorrer ao material que já estava preparado para fazer as apresentações. Comecei então a esquecer de nomes, mas nunca as fisionomias. Esses lapsos são comuns em pessoas idosas, de modo que não me preocupei.

Nos anos seguintes, submeti-me a uma cirurgia das coronárias e mais tarde tive dois pequenos derrames cerebrais. Meu neurologista atribuiu os meus problemas a esses derrames, mas minha mente continuou a deteriorar. O golpe final foi há um ano, quando estava recebendo uma menção honrosa no hospital onde trabalhava. Levantei-me para agradecer e não consegui dizer uma palavra sequer.

Minha mulher insistiu para eu consultar um médico. Meu clínico-geral realizou uma série de testes de memória em seu consultório e pediu depois uma tomografia PET, que diagnostica a doença com 95% de precisão. Comecei a ser medicado com donepezila, que tem muitos efeitos colaterais. Eu me ressenti de dois deles: diarreia e perda de apetite. Meu médico insistiu para eu continuar. Os efeitos colaterais desapareceram e comecei a tomar mais um medicamento, memantina. Esses remédios, em muitos pacientes, não surtem nenhum efeito. Fui um dos raros felizardos.

Em dois meses, senti-me muito melhor e hoje quase voltei ao normal. Demoramos muito tempo para compreender essa doença desde que Alois Alzheimer, médico alemão, estabeleceu os primeiros elos, no início do século 20, entre a demência e a presença de placas e emaranhados de material desconhecido.

Hoje sabemos que esse material é o acúmulo de uma proteína chamada beta-amiloide. A hipótese principal para o mecanismo da doença de Alzheimer é que essa proteína se acumula nas células do cérebro, provocando uma degeneração dos neurônios. Hoje, há alguns produtos farmacêuticos para limpar essa proteína das células.

No entanto, as placas de amiloide podem ser detectadas apenas numa autópsia, de modo que são associadas apenas com pessoas que desenvolveram plenamente a doença. Não sabemos se esses são os primeiros indicadores biológicos da doença.

Mas há muitas coisas que aprendemos. A partir da minha melhora, passei a fazer uma lista de insights que gostaria de compartilhar com outras pessoas que enfrentam problemas de memória: tenha sempre consigo um caderninho de notas e escreva o que deseja lembrar mais tarde.

Quando não conseguir lembrar de um nome, peça para que a pessoa o repita e então escreva. Leia livros. Faça caminhadas. Dedique-se ao desenho e à pintura.

Pratique jardinagem. Faça quebra-cabeças e jogos. Experimente coisas novas. Organize o seu dia. Adote uma dieta saudável, que inclua peixe duas vezes por semana, frutas e legumes e vegetais, ácidos graxos ômega 3.

Não se afaste dos amigos e da sua família. É um conselho que aprendi a duras penas. Temendo que as pessoas se apiedassem de mim, procurei manter a minha doença em segredo e isso significou me afastar das pessoas que eu amava. Mas agora me sinto gratificado ao ver como as pessoas são tolerantes e como desejam ajudar.

A doença afeta 1 a cada 8 pessoas com mais de 65 anos e quase a metade dos que têm mais de 85. A previsão é de que o número de pessoas com Alzheimer nos EUA dobre até 2030.

Sei que, como qualquer outro ser humano, um dia vou morrer. Assim, certifiquei-me dos documentos que necessitava examinar e assinar enquanto ainda estou capaz e desperto, coisas como deixar recomendações por escrito ou uma ordem para desligar os aparelhos quando não houver chance de recuperação. Procurei assegurar que aqueles que amo saibam dos meus desejos. Quando não souber mais quem sou, não reconhecer mais as pessoas ou estiver incapacitado, sem nenhuma chance de melhora, quero apenas consolo e cuidados paliativos.




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