domingo, 31 de maio de 2009

05 de Junho - DIA DO MEIO AMBIENTE

Recomendo para quem ainda não viu, esse documentário sobre o Aquecimento Global. Impressionante!!!!
Vale a pena!!!!
UMA VERDADE INCONVENIENTE (DVD) (An Inconvenient Truth)

Direção: Davis Guggenheim Apresentador: Al Gore Gêneros: DOCUMENTÁRIO DVD Região: 4 - O ex-vice-presidente dos EUA Al Gore discute a questão do aquecimento global. Vencedor de 2 Oscars.

O ex-vice-presidente americano Al Gore apresenta uma advertência e impressionante visão do futuro de nosso planeta de nossa civilização, no documentário mais importante do ano. Trata-se de um alerta que perpassa mitos e conceitos errados, para revelar a mensagem que o superaquecimento global é um perigo real e imediato.

Uma Verdade Inconveniente traz o convincente argumento de Gore, de que precisamos agir agora para salvar a Terra. Todos e cada um de nós podem mudar essa situação, na maneira que vivemos nosso dia-a-dia e nos tornarmos Parte da Solução. O segundo disco trata-se de um documentário do Greenpeace.

Ano de Lançamento: 2007 Distribuidora: Paramount Home Video Duração: 96 minutos País/Ano de Produção: EUA / 2006 Peso: 120 g Faixa Etária: Livre Áudio: Dolby Digital 5.1 Idioma: Português, Inglês Legenda: Português, Inglês Formato da Tela: Widescreen Processo Digital: Ntsc Extras: Making-of, Videoclipe, Comentários

http://www.adorocinema.com/filmes/verdade-inconveniente/verdade-inconveniente.asp


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1º a 05 de junho - SEMANA DO MEIO AMBIENTE


OS DEZ MANDAMENTOS DO AMIGO DO PLANETA

O autor é o escritor Vilmar Sidnei Demamam Berna que autoriza a livre reprodução desde que citada à fonte e autoria.

"Não são nossas habilidades que revelam quem realmente somos, são as nossas escolhas."
Harry Potter e a Câmara Secreta

Um mundo melhor começa em nós

Todos nós desejamos viver num mundo melhor, mais pacífico, fraterno e ecológico. O problema é que as pes­soas sempre esperam que esse mundo melhor comece no outro. Por exemplo: preferem esperar que um vizinho ou amigo con­vide para plantar uma árvore ou começar uma coleta seletiva de lixo, em vez de tomar a iniciativa.

Tem gente que acha mais fácil ficar reclamando que nin­guém ajuda, mas não se perguntam se estão fazendo a sua parte em defesa do Planeta. Uma coisa é certa, para conseguir convencer os outros a modificarem seus hábitos, precisamos mo­dificar os nossos primeiro, não é mesmo?

Se quisermos um planeta preservado, de verdade, não basta apenas lutar contra poluidores e depredadores. É preciso também nos esforçar para mudar nossos valores consumistas, hábitos e com­portamentos que provocam poluição, atitudes predatórias com os animais, as plantas e o meio ambiente. Mas só isso não basta, pois não há coerência em quem ama os animais e as plantas, mas explora, humilha, discrimina, odeia seus semelhantes. Por isso, precisamos além nos tornarmos ambientalmente corretos em nossas ações, nos esforçarmos para sermos também mais fraternos, democráticos, justos e pacíficos com os nossos semelhantes.

Por outro lado, é importante não ficar es­perando a perfeição individual - pois isso é inatingível. O fato de adquirirmos consciência ambiental, não nos faz perfeitos nem mais democráticos, ainda assim é preciso agir. O importante é que tenhamos o compromisso de ser melhor todo dia, procurando sempre nos superarmos.

Um sábio chinês chamado Confúcio disse, há cerca de 5 mil anos, que se alguém quisesse mudar o mundo, teria de come­çar por si próprio, pois mudando a si próprio, sua casa muda­ria. Mudando sua casa, a rua mudaria. Mudando a rua, o bairro mudaria. Mudando o bairro, mudaria o município e assim por diante, até mudar o mundo.

Os Dez Mandamentos do Amigo do Planeta

Só existem dois dias do ano em que não podemos fazer nada. O ontem e o amanhã.” Mahatma Ghandi

1.
Só Jogue Lixo no Lugar Certo

O lixo que jogamos em qualquer lugar volta para nossa casa através de ratos, moscas, mosquitos que trazem doenças, além de tornar onde vivemos um lugar feio e desagradável. Cada pessoa produz por dia cerca de meio quilo de lixo. Multiplique isso pela população de sua cidade para ter idéia do tamanho do problema. Custa muito dinheiro de impostos para limpar as ruas, praças, praias, dar destino final ao lixo. Dinheiro que podia estar sendo usado para outras obras e serviços para a melhoria da cidade. A cidade, a escola, a casa mais limpa não é a que mais se varre, é a que menos se suja! Um Amigo do Planeta só joga seu lixo nos locais apropriados, ou guarda no bolso e traz para colocar na lixeira ou reciclagem da própria casa.

2.
Poupe Água e Energia

A água não sai da parede. Ela vem de rios e mananciais que estão sendo agredidos pela poluição e pelo desmatamento, o que torna a água potável cada vez menos disponível, e eleva seu custo de tratamento. A energia também não sai da parede. Para ser gerada é preciso afogar rios e terras férteis, deslocar populações, ou usar recursos não renováveis como petróleo e carvão ou criar riscos e lixo perigoso como o nuclear

3.
Não Desperdice

Escolha consumir o necessário. Resista ao modismo que nos obriga a trocar de carro, roupa, bens. Além de gastar dinheiro desnecessariamente, desperdiçamos recursos naturais, poluímos o Planeta. Diga não a produtos supérfluos ou feitos para durar pouco; ou que gastem muita energia ou água; ou que contaminem o meio ambiente; ou descartáveis cujas embalagens não retornam aos fabricantes. Escolha usar sacolas de pano e caixas para suas compras. Evite as sacolas de plástico. Escolha alimentos e produtos naturais e evite os industrializados

4.
Cuide dos Animais e Plantas

Os animais – assim como as plantas (“A Vida Secreta das Plantas”) - sentem dor, têm emoções, sofrem. Eles tem tanto direito à vida, à liberdade, ao bem estar quanto nós. Seja responsável com os animais e as plantas sob sua responsabilidade. Não deixe que sofram desnecessariamente, cuide para que tenham água, alimento, conforto. Recuse a se divertir em rodeios e circos com a dor e o sofrimento dos animais. Recuse produtos e alimentos que não respeitam a dor e o sofrimentos dos animais. Empreste sua voz às plantas e animais que sofrem por que eles não tem como se defender.

5.
Cuide das Árvores

Ajude a defender as árvores e florestas existentes. Denuncie as agressões. Plante novas árvores e cuide delas com carinho e respeito. Recuse comprar madeiras e móveis que não comprove a origem ecologicamente correta e legal. Utilize os dois lados da folha de papel. Faça coleta seletiva em sua casa e encaminhe o papel para reciclagem.

6.
Não Polua

Use o menos possível o automóvel, programando suas saídas. Ele provoca poluição do ar, gasta combustível, agrava o efeito estufa, engarrafa o trânsito. Acostume-se a ouvir música sem aumentar muito o volume do som. Som alto provoca poluição sonora. Reveja seu comportamento, suas atitudes em casa, no trabalho, na comunidade e mude o que estiver provocando poluição ou degradação ambiental. Não espere que alguém venha fazer isso por você. Faça você mesmo.

7.
Coleta seletiva de lixo

Lixo não existe. O que chamamos de lixo é matéria prima e recursos naturais misturados e fora do lugar. A reciclagem devolve estes recursos para fabricar novos produtos retirando menos da natureza, além de economizar mais água e energia, e aumentar a vida útil dos aterros sanitários. Mantenha duas vasilhas em sua cozinha, uma para o MATERIAL SECO (inorgânico: papel, plástico, metal, vidro) e outro para MATERIAL ‘MOLHADO’ (orgânico: restos de comida, cascas de frutas etc.). Acumule o material seco numa vasilha maior e regularmente encaminhe à reciclagem. Se não houver coleta de lixo seletivo em sua comunidade encaminhe um abaixo-assinado às autoridades. Enquanto isso procure doar seu material para quem faz reciclagem O material ‘úmido’ pode virar adubo e servir para alimentar animais. Cultive uma horta mesmo que em vasos e caixas e faça uma compoteira mesmo que pequena, numa caixa.

8.
Conheça e conviva com a natureza

Mantenha o contato com a natureza. Faça passeios na floresta, tome banho de cachoeira, vá à praia, contemple o por-de-sol, a lua cheia. Coloque os pés no chão. Cultive uma horta, um jardim. Estude e leia mais sobre a natureza, mesmo que não seja tarefa da escola. Quanto mais você souber, melhor poderá agir em sua defesa. Procure no dicionário palavras como saúde do trabalhador, reciclagem, reaproveitamento, habitat, biodegradáveis etc. Faça um álbum de recortes com figuras de animais e plantas.

9.
A natureza não vota e nem se defende. Faça você por ela!

Mesmo sozinho você pode denunciar as agressões ambientais. Escreva às autoridades, ao SAC – Serviço de Atendimento ao Consumidor de empresas, às autoridades, aos políticos, à imprensa. Participe de campanhas pela internet ou pessoalmente. Na hora de votar, escolha representantes comprometidos com a causa ambiental e acompanhe o mandato. Escreva a ele com sugestões e críticas que melhore a atuação na defesa do meio ambiente. Participe de atividades voluntárias e de alguma organização da sociedade civil sem fins lucrativos em sua comunidade.

10.
Crie um clube de amigos do planeta na escola, ou associação!

A escola ou associação de moradores pode oferecer aos alunos e cidadãos a possibilidade de atuarem de forma organizada, assumindo, no mínimo, UMA AÇÃO CONCRETA POR MÊS PARA A MELHORIA AMBIENTAL DA COMUNIDADE como plantar e cuidar das novas árvores, fazer coletas de sementes e produzir novas mudas, denunciar agressões ambientais, ajudar a implantar a coleta seletiva de lixo na escola, etc. Faça um PLANEJAMENTO COOPERATIVO envolvendo a todos para que tomem conhecimento da situação, proponham substituições de materiais e comportamentos, estabelecem metas quantitativas e períodos de tempo para promover as mudanças pretendidas.


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segunda-feira, 25 de maio de 2009

Essa é para descontrair e claro, encher nossa bola!!!!

UM DIA CONSIGO VIVER SEM ESPOSA!!!!

O marido e a mulher não se falavam há uns três dias.
Entretanto, o homem se lembrou que no dia seguinte teria uma reunião muito cedo no escritório. Como precisava levantar cedo, resolveu pedir à mulher para acordá-lo. Mas para não dar o braço a torcer, escreveu num papel:

'Me acorde às 6 horas da manhã'.

No outro dia, ele levantou e quando olhou no relógio eram 9h30. O homem teve um ataque e pensou:
- Que meeeerdaaa! Mas que absurdo! Que falta de consideração, ela não me acordou...
Nisto, olhou para a mesa de cabeceira e reparou um papel no qual estava escrito:

-... São seis horas, levanta!!!

Moral da História:

Não fique sem conversar com as mulheres, elas ganham sempre, estão certas sempre e são simplesmente geniais na vingança!!!!!!
O casamento é a relação entre duas pessoas, onde uma pessoa está sempre certa e a outra, é o marido!

Meu nome é MULHER!
Eu era a Eva
Criada para a felicidade de Adão
Mais tarde fui Maria
Dando à luz aquele
Que traria a salvação
Mas isso não bastaria
Para eu encontrar perdão.
Passei a ser Amélia
A mulher de verdade
Para a sociedade
Não tinha a menor vaidade
Mas sonhava com a igualdade.
Muito tempo depois decidi:
Não dá mais!
Quero minha dignidade
Tenho meus ideais!
Hoje não sou só esposa ou filha
Sou pai, mãe, arrimo de família
Sou caminhoneira, taxista,
Piloto de avião, policial feminina,
Operária em construção...
Ao mundo peço licença
Para atuar onde quiser
Meu sobrenome é COMPETÊNCIA
E meu nome é MULHER..!!!!

(O Autor é Desconhecido, mas um verdadeiro sábio...)
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domingo, 24 de maio de 2009

Porta de Colégio
Affonso Romano de Sant’Anna

Passando pela porta de um colégio, me veio uma sensação nítida de que aquilo era a porta da própria vida. Banal, Porta de colégio direis. Mas a sensação era tocante. Por isto, parei como se precisasse ver melhor o que via e previa.

Primeiro há uma diferença de clima entre aquele bando de adolescentes espalhados pela calçada, sentados sobre carros, em torno de carrocinhas de doces e refrigerantes, e aqueles que transitam pela rua. Não é só o uniforme. Não é só a idade. É toda uma atmosfera, como se estivessem ainda dentro de uma redoma ou aquário, numa bolha, resguardados do mundo. Talvez não estejam. Vários já sofreram a pancada da separação dos pais.

Aprenderam que a vida é também um exercício de separação. Um ou outro já transou droga, e com isto deve ter se sentido (equivocadamente) muito adulto. Mas há uma sensação de pureza angelical misturada com palpitação sexual, que se exibe nos gestos sedutores dos adolescentes. Ouvem-se gritos e risos cruzando a rua. Aqui e ali um casal de colegiais, abraçados, completamente dedicados ao beijo. Beijar em público: um dos ritos de quem assume o corpo e a idade. Treino para beijar o namorado na frente dos pais e da vida, como que diz: também tenho desejos, veja como sei deslizar carícias.

Onde estarão esses meninos e meninas dentro de dez ou vinte anos?

Aquele ali, moreno, de cabelos longos corridos, que parece gostar de esportes, vai se interessar pela informática ou economia; aquela de cabelos loiros e crespos vai ser dona de butique; aquela morena de cabelos lisos quer ser médica; a gorduchinha vai acabar casando com uma gerente de multinacional; aquela esguia, meio bailarina, achará um diplomata.

Algumas estudarão Letras, se casarão, largarão tudo e passarão parte do dia levando filhos à praia e praça e pegando-os de novo à tardinha no colégio. Sim, aquela quer ser professora de ginástica. Mas nem todos têm certeza sobre o que serão. Na hora do vestibular resolvem. Têm tempo. É isso. Têm tempo. Estão na porta da vida e podem brincar.

Aquela menina morena magrinha, com aparelho nos dentes, ainda vai engordar e ouvir muito elogio às suas pernas. Aquela de rabo-de-cavalo, dentro de dez anos se apaixonará por um homem casado. Não saberá exatamente como tudo começou. De repente, percebeu que o estava esperando no lugar onde passava na praia. E o dia em que foi com ele ao motel pela primeira vez ficará vivo na memória.

É desagradável, mas aquele ali dará um desfalque na empresa em que será gerente. O outro irá fazer doutorado no exterior, se casará com estrangeira, descasará, deixará lá um filho – remorso constante. Às vezes lhe mandará passagens para passar o Natal com a família brasileira.

A turma já perdeu um colega num desastre de carro. É terrível, mas provavelmente um outro ficará pelas rodovias. Aquele que vai tocar rock vários anos até arranjar um emprego em repartição pública. O homossexualismo despontará mais tarde naquele outro, espantosamente, logo nele que é já um Don Juan. Tão desinibido aquele, acabará líder comunitário e talvez político.

Daqui a dez anos os outros dirão: ele sempre teve jeito, não lembra aquela mania de reunião e diretório? Aquelas duas ali se escolherão madrinhas de seus filhos e morarão no mesmo bairro, uma casada com engenheiro da Petrobrás e outra com um físico nuclear. Um dia, uma dirá à outra no telefone: tenho uma coisa para lhe contar: arranjei um amante. Aconteceu. Assim, de repente. E o mais curioso é que continuo a gostar do meu marido.
Se fosse haver alguma ditadura no futuro, aquele ali seria guerrilheiro. Mas esta hipótese deve ser descartada.

Quem estará naquele avião acidentado? Quem construirá uma linda mansão e um dia convidará a todos da turma para uma grande festa rememorativa? Ah, o primeiro aborto! Aquele ali descobrirá os textos de Clarice Lispector e isto será uma iluminação para toda a vida. Quantos aparecerão na primeira página do jornal? Qual será o tranqüilo comerciante e quem representará o país na ONU?

Estou olhando aquele bando de adolescentes com evidente ternura. Pudesse passava a mão nos seus cabelos e contava-lhes as últimas estórias da carochinha antes que o lobo feroz assaltasse na esquina. Pudesse lhes diria daqui: aproveitem enquanto estão no aquário e na redoma, enquanto estão na porta da vida e do colégio. O destino também passa por aí. E a gente pode às vezes modificá-lo.

By: Áulus Silva
http://blogmais.wordpress.com

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terça-feira, 19 de maio de 2009

Professor bonzinho = Aluno difícil
Coluna Planeta Literatura
Celso Antunes destaca neste livro que o professor bonzinho, permissivo, perde sua identidade como pessoa. Podemos ser amigos, compreensivos, mas o limite deve ser bem claro, bem definido e a preocupação em acompanhar o processo de construção do conhecimento dos alunos deve ser efetiva.

Na sala de aula a conversa entre os alunos é inevitável; é impossível ficar ao lado dos amigos sem conversar; o que devemos fazer é aproveitar essa conversa como instrumento para um trabalho pedagógico, aprender a ser um administrador de conversas, expositor de desafios, instigador de perguntas. O autor alerta que devemos tomar cuidado com o silêncio humano. Este esconde muitas vezes problemas emocionais ou disfunções agudas.

Ao ensinar, é fundamental que o professor peça aos seus alunos que opinem, sugiram, contem coisas de seu eu e de seu mundo. Jamais matar a curiosidade apresentando rapidamente a resposta; faça-os buscar pelos caminhos da pesquisa, pela reflexão do debate. E nunca se esqueça de levar para a sala de aula o sorriso, a boa educação (polidez) e o bom senso.

Com alunos difíceis, ou seja, aqueles que não querem nada com a aula procurem não se exasperar, dar broncas. Após o final da aula chame esse aluno para conversar; faça-o descobrir que você quer ajudá-lo.Diálogo, polidez e bom humor são aliados incondicionais para o bom relacionamento entre professores e alunos em sala de aula.

Existem algumas idéias levantadas por Celso Antunes que podem auxiliar os professores em seu dia a dia, obtendo assim maior prazer e sucesso no seu trabalho. Vamos a eles:

• Definir de forma clara e cristalina as regras disciplinares.
• Estabelecer canais límpidos de comunicação entre os alunos, diretores, pais, orientadores e professores.
• Assiduidade e pontualidade.
• Associar o conhecimento novo aos saberes que os alunos possuem.
• Preparar de maneira cuidadosa a aula.
• Traçar um projeto de atividades anuais, dividindo suas etapas semana após semana.
• Estabelecer se possível em consenso com a classe, os limites desejáveis das condutas e cobrá-los sempre de maneira imediata e coerente.
• Entrar em sala e, sem demora, iniciar a aula.
• Cobrar, com firmeza, mas sempre com bom humor (quando possível), a colaboração de todos e ser um árbitro sereno no cumprimento das regras de conduta consensualizadas com a classe.
• Falar com expressividade e clareza.
• Iniciar os trabalhos com um plano de aula simples, mas objetivo e coerente.
• Movimentar-se todo o tempo, manter-se alerta a todos e também a todas as ocorrências.
• Mostrar sempre disposição para manter a calma e a serenidade, mesmo em situações mais difíceis.
• Saber dar a devida importância ao tom de voz empregado e estudar a linguagem gestual.
• Jamais comparar-se a qualquer colega. Nunca comparar um aluno ou uma classe com outra.
• Distribuir com uniformidade, serenidade e justiça a atenção de todos.
• Analisar com calma as razões que podem levar alunos ao desinteresse ou a indisciplina e discutir, particularmente com os mesmos essa postura.
• Conhecer diferentes estratégias de ensino, jogos operatórios, técnicas de ensino e aprendizagem.
• Possuir projetos de avaliação claros e explícitos.
• Manter atualizados seus registros e suas notas.
• Cumprir com integridade tudo quanto prometeu.Ensinar utilizando diferentes recursos e estratégias para despertar a curiosidade e incentivar os alunos em sala de aula e projetos é eficiente medida contra a indisciplina.

• Fazer das perguntas uma eficiente ferramenta de aprendizagem.
• Não se desgastar ensinando aos alunos tudo aquilo que sozinhos eles podem aprender.
• Estimular o aluno para interpretar o aprendizado usando diferentes habilidades.
• Ensinar seus alunos a leitura dos saberes que se encontra em diferentes linguagens.
• Saber delegar aos alunos tarefas e funções junto à classe que explorem capacidades de aprender e de aprendizagem.
• Fazer revisões periódicas daquilo que foi aprendido.
• Organizar de forma eficaz, na medida do possível em consenso com os alunos, o espaço da sala de aula e a disposição dos lugares de cada um.
• Cuidar da sua apresentação, dignificando a importância e até o sentido do ato pedagógico.
• Mostrar atenção aos problemas dos alunos.
• Concluir a aula de maneira amistosa e bem-humorada.

É importante destacar que os passos sugeridos costumam ajudar a resolver parte expressiva dos problemas disciplinares; mas não os eliminam por completo. A continuidade de aplicação dos procedimentos é que pode garantir a perenidade dos bons comportamentos, da participação dos estudantes nas aulas, o debate em torno das idéias e conteúdos trabalhados,...

Para concluir, o professor precisa ser amigo dos alunos, companheiro e compreensivo, ter a mentalidade aberta e acompanhar o processo de construção do conhecimento, atuando como agente entre os objetos do saber e a aprendizagem e ter a certeza de que, quem educa semeia um futuro melhor...

Sheila Cristina de Almeida e Silva Machado Graduada em Pedagogia; Especializada em Orientação Educacional; Pós-Graduada em Psicopedagogia; Atua como Orientadora Educacional no Instituto de Educação Renascença.
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Mais que um dilema matemático...
Como realmente ajudar seus alunos a aprender Matemática?Nos últimos tempos, existiram algumas tentativas de mudanças no ensino da Matemática, porém mudanças substanciais não ocorreram. Por esse motivo, a Matemática continua sendo vista como um dos maiores problemas do currículo escolar.

O que será que acontece nas escolas que a maior parte dos alunos lida bem com a Matemática desde a Educação Infantil até, aproximadamente, a 3ª série do Ensino Fundamental e daí para frente passa a odiar essa disciplina? Por que grande parte dos alunos chega ao Ensino Médio com muita dificuldade para usar algoritmos e conceitos estudados nas séries anteriores?

Percebemos que isso se dá em função da atitude de grande parte dos professores que vêem a Matemática como uma ciência pronta e acabada, perfeita e imutável. Essa visão cria dois grandes problemas.

O primeiro é que o professor julga ser o detentor do saber dos conteúdos matemáticos e deseja transmiti-los aos alunos para que passivamente se amoldem aos novos conhecimentos.
O segundo é que o professor passa a idéia de que uma ciência tão perfeita só pode ser aprendida por pessoas privilegiadas, pois os seus conteúdos são tão abstratos que nem todos podem entendê-los.

O professor deve mudar sua forma de ver e ensinar, pois tudo isso é contrário ao que os grandes estudiosos da educação já vêm falando há algum tempo. Muitos estudiosos se preocuparam e se preocupam até hoje em saber de que forma o conhecimento se origina e evolui.

Por exemplo, Jean Piaget diz que as estruturas do pensamento são adquiridas pela ação do sujeito sobre o meio, portanto cabe ao professor criar condições para a construção progressiva dessas estruturas através de atividades que envolvam experimentação, reflexão e descobertas. A matemática tem que ser percebida pelo aluno como parte de sua vida.

Moacir Gadotti, no seu livro Educação e Compromisso, diz que o saber tem um preço.O conhecimento novo é resultado de um longo processo em constante construção nos indivíduos.

Dione Lucchesi de Carvalho, no seu livro Metodologia do Ensino da Matemática, diz que “a sala de aula não é o ponto de encontro de alunos totalmente ignorantes com o professor totalmente sábio, e sim um local onde interagem alunos com conhecimento do senso comum, que almejam a aquisição de conhecimentos sistematizados, e um professor cuja competência está em medir o acesso do aluno a tais conhecimentos”.

Interação, essa é a palavra!

Cada aluno tem a capacidade de processar as informações de uma mesma realidade, criando significados próprios e construindo o seu próprio conhecimento. Para que isso ocorra, o professor deve adotar uma linguagem simples, clara e objetiva, evitando assim o desinteresse do aluno. Contextualizando sempre de forma bem prática a aprendizagem. Interagindo com esses alunos.

Um bom professor deve ter amplos conhecimentos da disciplina que ensina, ser competente, ter entusiasmo, ser comunicativo e envolver seus alunos. Para isso, deve utilizar diversas técnicas que desenvolvam o raciocínio lógico de seus alunos.

Não estou querendo dizer que seja fácil, mas é nossa função enquanto educadores, despertar o interesse dos nossos alunos e fazê-los aprender. Cabe ao professor não apenas conhecer, mas, sobretudo dominar os métodos e técnicas de ensino, para assim promover os caminhos de aprendizagem que seus alunos irão trilhar.

Andréa Cristina Sória Prieto Consultora Pedagógica em Matemática na Futurekids do Brasil. Pós-Graduada em Psicopedagogia e Direito Educacional com Graduação em Pedagogia
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Em busca do respeito na sala de aula
Como atingir o comportamento moral e ético?

“Colocar a justiça acima da autoridade e a solidariedade acima da obediência” (Jean Piaget)
É pela educação que se torna possível aprender a se comunicar e a desempenhar um papel responsável na sociedade.Nesse sentido, o tema respeito é central na moralidade. Cada pessoa, juntamente com sua vida intelectual, afetiva, religiosa ou fantasiosa, também tem uma vida moral.

A atividade moral acaba por envolver toda a atividade vital do homem e, dessa forma, durante seu desenvolvimento, sua vida está vinculada ao “comportar-se moralmente”. É interessante ressaltar que Libâneo (1991) nos introduz as propostas e tendências nesse campo. Segundo ele, há dois grupos distintos: os de posicionamento liberal e os de cunho progressista.

- As idéias pedagógicas tradicionais são evidenciadas por Comenius, Rosseau, kant, Pestalozzi e Durkheim, autores clássicos e que consideram de forma consistente a moral em suas teorias.

- As idéias pedagógicas renovadas são enfatizadas nos trabalhos de Dewey e Piaget, com o desenvolvimento do juízo moral na criança; e o tecnicismo educacional tendo como principal referência o trabalho de Skinner.

- As idéias de renovação educacional por iniciativa de militantes socialistas, estão enquadradas no segundo grupo, e tem como principal representante a produção de Makarenko.

O que podemos perceber atualmente, inclusive com a orientação dos órgãos oficiais de educação, é que há um reconhecimento da importância da participação construtiva do aluno e, ao mesmo tempo, da intervenção do professor para a aprendizagem, favorecendo o desenvolvimento das capacidades cognitivas, físicas, afetivas, motoras e éticas, fundamentais para o exercício da cidadania e para a participação.

Apesar de Aristóteles e Kant, mais tarde terem incluído o respeito no âmbito das emoções, excluindo-o das virtudes, o filósofo Demócrito foi o primeiro a atribuir uma significação moral e inserir este conceito na ética.

É importante que a criança sinta a conseqüência de uma atitude errada eticamente. Contudo, a disciplina e o sentimento da responsabilidade podem se desenvolver sem nenhuma punição expiatória, em um clima de reciprocidade, dentro da moral de cooperação, para que a diferenciação social e o individualismo resultem na solidariedade. Para Piaget (1996), “o respeito constitui o sentimento fundamental que possibilita a aquisição de noções morais”.

O aprendizado da cooperação é elemento fundamental do desenvolvimento moral. Para a cooperação acontecer, efetivamente, é necessário que os sujeitos envolvidos aprendam a fazer contratos, a comprometer-se com o grupo, a relacionar-se de forma recíproca e, sobretudo, a exercitar sua expressão verbal, bem como o saber escutar. Em outras palavras, a exercitar o diálogo.

O diálogo é a própria expressão da humanidade, da comunicação entre os seres humanos e possibilita o desenvolvimento do respeito mútuo. A linguagem é um fato social por meio do qual as pessoas organizam seus pensamentos e expressam suas opiniões.

Na ação dialógica, o sujeito entenderá a importância de suas atitudes e como elas envolvem respeito, dedicação, busca, engajamento, pesquisas, trocas, participação e descoberta. O homem entende que neste processo de comunicação irá aprender a fazer leituras diversas da realidade em que vive e atua, conquistando a partir daí, sua autonomia moral e intelectual.

Cooperação e diálogo, por fim, parecem sempre caminhar juntos e são exigências fundamentais de todo o ensino. O ato de ensinar para a autonomia supõe a reciprocidade, condição básica da cooperação, e atesta o processo de comunicação.

Consideramos a relação professor-aluno como o ponto mais delicado do processo de aprendizagem, pois estão implicadas aí não só questões racionais, como também afetivas. Verifica-se que a maneira como o professor conduz sua aula, como lida com a motivação dos seus alunos e como se compromete com o projeto pedagógico são fundamentais para organizar a vida escolar do aluno.

Segundo Piaget, “a adolescência marca nas nossas sociedades o começo da liberdade de pensar; pelo menos uma emancipação em relação à infância, e isso tanto do ponto de vista sociológico como psicológico”.
Sob a perspectiva piagetiana, o professor que na sala de aula dialoga com seu aluno busca decisões conjuntas por meio de cooperação, para que haja o aprendizado do fazer contratos, honrar a palavra empenhada, ocasionando comprometimento nos projetos coletivos e estabelecimento de relações de reciprocidade.

Ainda em Piaget, podemos considerar a natureza afetiva e moral das sanções, em que é necessário instalar-se no infrator, um sentimento de vergonha pelo delito, fazendo-o perceber que seu ato lhe fez perder o valor, inviabilizando a confiança mútua.

Temos que observar se a figura do professor tem importância afetiva para os alunos, a ponto de eles se sentirem mal e envergonhados por perderem o merecimento de seus professores.
Quando o professor é justo, compromissado e que respeita os alunos há um melhor aproveitamento dos anos escolares.

A relação verdadeira entre professores e alunos, que não seja somente para a informação, mas para promover também debates sobre questões morais, levando ao exercício da cidadania e construção da autonomia, ajudaria o desenvolvimento dos jovens, bem como os faria mais motivados.

Só se estabelece um encontro significativo quando o mestre incorpora o real sentido de sua função, que é orientar e ensinar o caminho para o conhecimento, amparado pela relação de cooperação e respeito mútuos.

Sheila Cristina de Almeida e Silva Machado Graduada em Pedagogia; Especializada em Orientação Educacional; Pós-Graduada em Psicopedagogia; Atua como Orientadora Educacional no Instituto de Educação Renascença.

Referência:
TARDELI, Denise D´Áurea. O respeito na sala de aula. Rio de Janeiro: Vozes, 2003.

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Quando a teoria encontra a prática
A importância dos projetos interdisciplinares
Na semana passada concluímos no curso de gastronomia do Centro Universitário SENAC, em Campos do Jordão, um de nossos mais importantes e pertinentes trabalhos, o projeto interdisciplinar da turma de 1º semestre. Independentemente das notas, o mais relevante num projeto como esses é concluir o encontro entre a teoria e a prática.

Isso não é prioritário na maior parte dos cursos ministrados nas universidades brasileiras. Evidentemente também não é trabalhado no Ensino Médio ou nas séries finais do Ensino Fundamental. Há pouca pesquisa de campo bem organizada sendo levada a termo de forma regular em qualquer um dos níveis de ensino em nosso país.

A dissociação entre teoria e prática leva a desvalorização de ambas, em particular do conhecimento teórico. O estudo dos conceitos e das idéias produzidas a partir de árduo e envolvente trabalha de pesquisadores e cientistas das mais diversas áreas e estirpes ao ser traduzido em livros, enciclopédias, compêndios ou materiais didáticos é valioso e serve como fio condutor para que o conhecimento se estabeleça entre as novas gerações de estudantes em qualquer nível de ensino.

Apesar dessa constatação, vale lembrar que a desgastada fórmula de aulas expositivas acaba transformando realizações fantásticas e elaborações imprescindíveis para a compreensão do mundo em material tedioso, sem qualquer graça ou encanto para os estudantes. É claro que a dinâmica empregada pelos educadores pode modificar essa situação e promover o estudo de forma a torná-lo significativo e relevante para qualquer grupo de estudantes. É isso que se espera do trabalho dos professores...

Entretanto, a ponte a se estabelecer entre a teoria e a prática, mesmo no caso de professores que conseguem magnetizar a atenção de seus alunos em suas aulas, é necessária, senão imprescindível...O estudo em sala de aula a partir dos livros, das explanações e de atividades em grupo adicionado a um exame da realidade em que se percebam as aplicações da teoria na prática constituem ações que combinadas resultam num aprendizado significativo e pleno.

Não dá para continuar promovendo a educação desconectada da realidade, do cotidiano, do mundo em que ela se encontra inserida. Ao motivarmos nossos alunos para que eles averigúem os conceitos e teorias ensinados em aula a partir de visitas, entrevistas, depoimentos, obtenção de material fotográfico ou fílmico, elaboração de relatórios ou ainda com base em sua capacidade sensorial, criamos vínculos entre os livros e o mundo que eles retratam, permitimos que se desenvolvesse uma necessária criticidade por parte dos estudantes, estimulamos a capacidade analítica e comunicativa, promovemos uma educação muito mais sintonizada e plena, aguçamos a criatividade...

A imagem que inicia esse artigo coloca aos nossos olhos a figura de uma pesquisadora que se encontra inserida num contexto diferenciado em relação a sua base de trabalho acadêmico, em contato com uma cultura diversa, envolvida com pessoas que vivem dentro de uma realidade completamente díspar daquela conhecida por ela, iniciando ou aprofundando investigação acerca dessa temática. Essa imagem deve nos remeter aos caminhos que temos que propor aos nossos estudantes no que tange ao encontro entre prática e teoria.

Mais do que isso, deve nos incentivar a promover esses caminhos e instrumentos não só entre nossos alunos, mas também dentro da própria comunidade de educadores na qual vivemos. O professor não é e não deve ser um simples receptáculo de informações provenientes de outras fontes e pesquisadores. Ele também deve se sentir compelido a produzir conhecimento, a elaborar textos a partir de realidades por ele observadas; a comparar bibliografias com experimentos e vivências pessoais.

É claro que uma afirmação como essa suscita uma série de observações quanto à remuneração, tempo disponível, apoio das instituições, locais para a publicação, conhecimento sobre a atividade de pesquisa ou ainda o reconhecimento dessa prática. Os professores precisam de incentivos para regularizar ações como essas, mas muitas vezes a própria escola em que trabalham podem ser campo fecundo para tais observações, ponderações, exames e constatações.


Entrevistar e tirar fotos são dois importantes momentos da pesquisa de campo. Através dessas e de outras ações podemos conseguir depoimentos, relatos, descrições e ainda compor nossos projetos com ilustrações que facilitem a compreensão de quem vier a ler e utilizar os resultados de nossas pesquisas.

Sempre acreditei, pessoalmente, que as salas de aula em que estava trabalhando constituíam um excelente laboratório para a pesquisa em educação. Muito daquilo que produzo atualmente é resultado de uma série de experiências e práticas que implementei com grupos de alunos sequiosos por inovações e por uma renovação na linguagem, na metodologia, na didática e nos relacionamentos em sala de aula.

Talvez falte a muitos professores o ímpeto, a disposição e o ensejo para mudar, mesmo que isso não signifique recompensa ou reconhecimento por parte das instituições, para esses reafirmo a idéia de que o maior retorno é aquele que conseguimos obter junto aos próprios alunos e no nosso próprio íntimo, enquanto educadores em busca de uma educação muito mais qualificada e transformadora.

Porém, voltando à experiência dos projetos interdisciplinares em Campos do Jordão, o que fizemos foi justamente promover um fortuito e valioso encontro entre teoria e prática. Durante os primeiros meses de trabalho no curso, os professores apresentaram elementos basilares quanto à segurança, higiene, história, sociologia, administração de empreendimentos, legislação, formatação arquitetônica ideal, postura e apresentação dos funcionários no que tange a empreendimentos gastronômicos.

A parte teórica do trabalho foi realizada com base em bibliografia ampla, atualizada e variada, aulas expositivas, utilização de recursos diversificados, tecnologia de ponta (internet, vídeos, data show,...), estratégias de trabalho em grupos, composição de textos e vários outros encaminhamentos escolhidos por cada um dos professores das disciplinas de Segurança e Legislação, Tipologia de Empreendimentos, Sala e Bar, Microbiologia e Higiene, História da Gastronomia e Sociologia.

A pesquisa realizada pelos estudantes de gastronomia define que eles devem observar todos os componentes de trabalho de um empreendimento gastronômico.
Do trabalho dos garçons e chefs ao cardápio e suas especialidades, da higiene e segurança do estabelecimento ao perfil da clientela...

Logo no início das aulas o Projeto Interdisciplinar foi apresentado aos estudantes. Foram estipulados os prazos de pesquisa (dois meses), referendados os aspectos de metodologia (que foram apresentados em algumas aulas adicionais durante os dois meses que se seguiram), delimitados os temas e a área de pesquisa que caberiam a cada grupo, definidos os grupos com 4 componentes e indicados os horários de encontro com a coordenação do projeto para o esclarecimento de dúvidas.

A seguir iniciaram-se as atividades e orientações. Nesses dois meses tivemos alguns problemas, típicos de nossa cultura, especialmente no que se relaciona ao aproveitamento do tempo destinado ao projeto. Infelizmente os estudantes ainda não se programaram para utilizar todo o tempo disponível e ainda acabam deixando boa parte do trabalho (senão sua integralidade) para ser feita nas últimas semanas disponíveis. Essa é, sem dúvida, a maior de todas as dificuldades com as quais convivemos.

A cobrança mais rígida do desenvolvimento do projeto através da obrigatoriedade das reuniões de orientação a cada semana ou quinzena pode ser a solução pra esse dilema...
Apesar disso, os estudantes foram, literalmente, para a rua. Visitaram os estabelecimentos que seriam pesquisados (a proposta previa que eles acompanhassem os trabalhos realizados num determinado estabelecimento gastronômico e percebessem a utilização ou não, na prática e no cotidiano de empreendimentos estabelecidos, dos critérios e bases a eles apresentados ao longo das aulas teóricas) e iniciaram uma rica coleta de dados, impressões, registros e depoimentos.

De posse dessas informações eles teriam que compor textos comparativos, elaborar gráficos e tabelas, tabular respostas de questionários, obter projetos arquitetônicos dos estabelecimentos, traçar o perfil da clientela, buscar as raízes gastronômicas e étnicas do empreendimento, listar as receitas principais ou ainda averiguar condições de segurança e higiene.
A etapa final do projeto prevê a apresentação da pesquisa para os outros estudantes e o questionamento por parte de bancas de professores e de alunos. Para tanto é necessário conhecer o conteúdo em sua plenitude, produzir uma apresentação com os dados mais representativos, ter postura adequada e estar preparado para observações e perguntas.

Tudo isso teria ainda que for apresentado diante de uma banca de professores e estudantes. Isso quer dizer que eles ainda deveriam se preocupar em organizar apresentações em que expusessem num espaço de tempo pré-determinado as informações obtidas. Para isso deveriam produzir tabelas, apresentações em PowerPoint, organizar suas falas e observações e se preparar para responder perguntas feitas pelos membros das duas bancas...

Em suas apresentações os estudantes também teriam que se preocupar com a postura, o vestuário adequado, a entonação e com a capacidade de demonstrar conhecimentos acerca de todos os itens pesquisados.

O resultado foi muito bom. Há ajustes a serem feitos, sem dúvida alguma, entretanto, o melhor resultado é a percepção que depois da realização dos, a conexão essencial entre teoria e prática ficou muito mais clara para todos os envolvidos nas pesquisas. Foi praticamente unânime essa constatação entre os vários grupos. Os depoimentos dados pelos estudantes apenas confirmaram a idéia de que esse encontro é mais que fortuito, trata-se de uma reunião fundamental...

João Luís de Almeida Machado Editor do Portal Planeta Educação; Doutor em Educação pela PUC-SP; Mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (SP); Professor Universitário e Pesquisador; Autor do livro "Na Sala de Aula com a Sétima Arte – Aprendendo com o Cinema" (Editora Intersubjetiva).
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O Código de Ética do Educador
Os professores e suas responsabilidades

É inerente a todas as profissões o compromisso, o engajamento, o comprometimento. Esta não é uma regra, mas assume-se que todas as pessoas devam tentar levá-la adiante, levando-se em conta que cada um de nós atue profissionalmente de forma ética, em benefício dos empreendimentos nos quais estamos envolvidos. Isto significa respeito tanto por quem nos contrata e remunera quanto pelas pessoas que atendemos e a quem direta ou indiretamente prestamos serviços.

Tal razão, tão simples e objetiva, deve nortear nossas ações em qualquer circunstância, exceto, é óbvio, naquelas em que há coação, coerção ou violência de qualquer natureza a forçar-nos no trabalho, na ação profissional.

Ao assumir compromissos profissionais e assinar contratos de trabalho, não apenas nos comprometemos com nossos chefes e patrões ou com nossos clientes, pacientes ou alunos, temos a partir de então um compromisso muito maior com cada um de nós mesmos. Nossos nomes passam a ser avaliados e percebidos no âmbito profissional e também pessoal a partir das ações que realizamos, da conduta que temos dos relacionamentos que fomentamos, dos resultados que somos capazes de obter...

Se não formos capazes de compreender isto, certamente muito mais do que aparentes prejuízos para empresas, hospitais, escolas ou qualquer outro tipo de empreendimento, assim como para clientes internos ou externos, causaremos danos irreversíveis para nossas próprias imagens...

No caso dos educadores, há certamente, como nas demais áreas de atuação profissional, direitos e deveres como parte do caminho que devemos trilhar. É justo e necessário que conheçamos e possamos utilizar de nossos direitos quando assim for necessário, nunca em demasia, jamais ultrapassando os limites éticos que sabemos presentes em nossa profissão.

É, por exemplo, o que deve ocorrer quanto às faltas eventuais que ao longo de nossa carreira podem ocorrer. Doenças, intervenções cirúrgicas, falecimentos e problemas familiares (com nossos cônjuges, filhos, pais, irmãos, avós...) ocorrem com todas as pessoas em alguns momentos de suas vidas e, por conta destas dificuldades, as fazem ausentes. Como compromisso ético, é de fundamental importância que nos ausentemos somente quando isto realmente acontecer, o que, infelizmente, não é o que de fato ocorre...

Utilizar-se de expedientes como atestados médicos que lhe autorizem a ficar longe do trabalho por períodos longos, sem que realmente a pessoa esteja doente, constitui ação vil, que prejudica (e muito) os alunos (atrasando sua formação), onera ainda mais o setor público (com gastos adicionais para eventuais substituições) ou que, ainda, coloca até mesmo em risco físico as crianças e adolescentes que dispensados mais cedo das aulas... É uma ação que tem, portanto, conseqüências sérias (não apenas as mencionadas, mas muitas outras poderiam ser citadas), muitas vezes desprezadas por quem a realiza...

Como parte do Código de Ética dos educadores, num primeiro parágrafo, poderíamos inserir o compromisso da Assiduidade e, também, da pontualidade. Ser o mais freqüente possível, faltar apenas quando realmente for muito necessário e chegar um pouco antes do início das atividades escolares é elemento basilar da ação dos educadores. E é tão elementar que nem consta como parte de qualquer contrato de trabalho que tenhamos que assinar, simplesmente se espera que as pessoas, dotadas de bom senso, assumam este compromisso.

Um segundo parágrafo deveria ressaltar que de tudo faremos para que se EFETIVE a APRENDIZAGEM, ou seja, que utilizaremos metodologias, recursos e, em especial, nossa inteligência e criatividade para que a educação realmente aconteça. Este compromisso pode pensar alguns de vocês, deveria ser o primeiro, com o que posso concordar, mas a questão da presença e da demonstração física do engajamento me pareceu tão importante no atual estado da educação pública brasileira que acabei colocando-a no parágrafo primeiro... Talvez este seja um equívoco a ser repensado e reparado posteriormente...

Indo um pouco além, e até mesmo para que os tópicos anteriores tenham sentido e validade, é preciso que os educadores se ATUALIZEM SEMPRE quanto aos seus SABERES e PRÁTICAS PEDAGÓGICAS, assim como no que se refere aos seus CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS (enquanto especialistas em história, geografia, letras, matemática, educação física, artes, inglês...), e também a ATUALIDADES. Creio que este poderia ser o parágrafo terceiro de nosso Código de Ética do Educador.

Outro ponto importantíssimo, que neste breve texto trago como essencial para a ética profissional dos professores refere-se à idéia de que o trabalho que realizamos é de suma importância social e que, como tal, realiza-se dentro do contexto de equipes, que contam com vários trabalhadores... Nesse aspecto, compreender-se como parte de EQUIPES DE TRABALHO, colaborando para que estes times tenham o melhor desempenho possível, sem perder de vista suas individualidades, mas entendendo-as como parte que enriquece e torna ainda melhor o todo da ação empreendida na escola seria nosso parágrafo quatro.

Fecharia este primeiro ensaio/reflexão sobre este assunto de tão grande dimensão e repercussão no quinto parágrafo deste Código pensando nossa ação profissional quanto à repercussão e relações humanas. Os educadores são os artífices de um amanhã possível, de realizações grandiosas, que podem permitir o surgimento de um mundo mais justo. Já disse anteriormente e repito agora, professores podem salvar vidas...

E isto não se refere apenas ao nobre ato de trazer a tona, apresentar e discutir saberes com nossos alunos - refere-se também, e principalmente - ao fomento de relações humanas em que prevaleça a solidariedade, a ética, a cidadania, a honestidade, o amor...

Portanto, como quinto e último parágrafo a ser proposto inicialmente para um Código de Ética do Educador penso em algo como propiciar o diálogo, a compreensão e a troca no âmbito escolar e fomentar entre os alunos a curiosidade, o amor pelo conhecimento e a relação cordial, porém sempre aberta ao debate e a tolerância quanto a diferentes posições e idéias. VALORIZAR O SER HUMANO, talvez pudesse este ser o mote deste parágrafo... Penso que nesta última proposição esteja sendo poético e/ou filosófico demais, mas num mundo como o nosso, em que tudo é racionalidade e resultado, se não nos dermos o direito de sonhar, o que há de acontecer conosco...

Obs.: Acredito que outros “parágrafos” poderiam ser incluídos, para que tivéssemos um Código de Ética com 10, talvez 12 pontos de compromisso e engajamento enquanto profissionais da educação... Fica aberto o espaço para a reflexão e novas idéias para que voltemos ao assunto em outro texto posteriormente!

João Luís de Almeida Machado Editor do Portal Planeta Educação; Doutor em Educação pela PUC-SP; Mestre em Educação, Arte e História da Cultura pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (SP); Professor Universitário e Pesquisador; Autor do livro "Na Sala de Aula com a Sétima Arte – Aprendendo com o Cinema" (Editora Intersubjetiva).
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O que falta nas escolas
Júlio Clebsch

Nessa época em que se discute os avanços da tecnologia, as inteligências múltiplas, inúmeras novas teorias em educação, é fácil uma escola perder seus princípios, sua razão de ser. Evite que isso aconteça em sua instituição de ensino, fique de olho nesses fatores:

FOCO

Escolas deveriam ser um centro de aprendizagem. Em vez disso, espera-se agora que os professores resolvam todos os problemas da sociedade brasileira, melhorem a economia, acabem com as injustiças, funcionem como monitores de creche transformem seus estudantes em pessoas de bom caráter e cidadãos exemplares, diminuam a desigualdade social e resolvam a questão indígena. Todos esses itens são válidos e merecem todos os cuidados, mas as escolas precisam parar de pedir que seus professores solucionem todos os novos problemas que aparecem na sociedade. Concentre-se em poucos temas de cada vez.

COLABORAÇÃO

O aprendizado ocorre melhor em um ambiente de colaboração, sem barreiras artificiais de hierarquia e burocracia. Entretanto, costuma ocorrer o contrário com a estipulação de regras quase militares para a comunicação e discussão de novas idéias. Dessa maneira, não é de se espantar que a maioria das instituições seja um deserto de idéias e iniciativas. Facilite a troca de idéia entre níveis hierárquicos e entre docentes e discentes.

MOMENTOS X PROCESSOS

Imagine colocar um termômetro na rua em um dia qualquer de julho e, de posse do resultado, dizer como foi o inverno inteiro aquele ano. O mesmo acontece em nossas escolas. Esperamos que um teste, que a resposta à dez perguntas, nos informe tudo sobre como a classe está indo, o que é preciso mudar, o que nossos estudantes não entenderam e outros fatores.
O aperfeiçoamento do ensino é contínuo e não depende de um teste ou avaliação. Tente perceber, todos os dias, o que está acontecendo em sua sala de aula.

http://www.gestaoeducacional.com.br
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Transmissão vertical da moral e da ética
JORNAL VIRTUAL GESTÃO EDUCACIONAL Ano 2 Nº 112 - 19/05/09

Muito se discute hoje sobre o comportamento equivocado dos nossos jovens, tanto em casa não valorizando seus pais como em sala de aula sendo agressivos e desrespeitosos com os colegas e principalmente com os docentes. São inúmeras queixas e diversos casos relatados que, ao final das discussões, paira uma pergunta no ar: “O que aconteceu com a moral e a ética?”

O termo “Transmissão Vertical”, muito utilizado na saúde, significa que a criança recebeu alguma infecção de sua mãe (Hepatite B e C, HIV, Sífilis, etc.). Quando resolvi utilizar esse termo para a educação, pensei que seria mais fácil a assimilação do leitor quando se trata da moral e da ética.

A palavra Ética é originada do grego ethos e significa modo de ser, caráter. Através do latim mos (ou no plural mores), que significa costume, derivou-se a palavra moral. Em Filosofia, Ética significa o que é bom para o indivíduo e para a sociedade, e seu estudo contribui para estabelecer a natureza de deveres no relacionamento indivíduo - sociedade.

Define-se Moral como um conjunto de normas, princípios, preceitos, costumes, valores que norteiam o comportamento do indivíduo no seu grupo social. Moral e ética não devem ser confundidos: enquanto a moral é normativa, a ética é teórica e busca explicar e justificar os costumes de uma determinada sociedade, bem como fornecer subsídios para a solução de seus dilemas mais comuns.

Desde criança que ouvimos a frase: “Educação vem de berço”. Nunca discordei dela e cada dia que passa concordo mais ainda. É justamente nesse ponto que quero chegar. A maioria dos professores das nossas crianças são pais e se não o forem, são filhos. Quando observo as atitudes desenfreadas dessas crianças frente aos seus pais ou professores, questiono se a educação que eles estão recebendo, tanto em casa como na escola, está coerente com a moral que tanto ouvimos falar antigamente e a ética que massivamente ouvimos hoje?

A transmissão vertical da moral e da ética influencia diretamente na formação das nossas crianças. A quantidade de crianças com dificuldade de aprendizagem nas salas de aula de todo o país é assustadora. Será que a multiplicação dos cursos de Psicopedagogia se deve justamente ao simples fato dos pais e mestres não terem o que transmitir? Ou ainda de transmitir valores amorais e nada éticos?

Temos que entender que os professores trabalham na sociedade e que devem trabalhar, necessariamente, em prol dela. São eles, juntamente com os pais, que transmitem os valor
es que separam o que é certo do errado. Existe uma fronteira que separa a vida pessoal do profissional?

É difícil utilizar essa fronteira como descrição do que significa transitar entre a própria vida e a vida profissional, uma vez que as reflexões que são feitas relativamente à profissão formam parte daquilo que eles são como professores, como pais, como cidadãos e como membros de uma sociedade.

Os professores vêem hoje o seu trabalho dificultado, mas essa dificuldade deveria engrandecê-los na medida em que devem educar para a cidadania sem deixar de ser cidadãos. Quando eles retornam à sala de aula como alunos, como em cursos de pós-graduação, o comportamento expressado reflete diretamente o que estão transmitindo aos seus alunos: desmotivação com a profissão, intolerância, arrogância e principalmente falta de comprometimento com a educação.

São queixosos em relação à lista de presença, ao artigo científico como avaliação da disciplina e ao cumprimento da carga horária, itens que, a meu ver são essenciais a uma boa formação. Deixam claro que estão ali pelo certificado, pois aumentará seu salário. Se analisarmos que são esses profissionais que, através das suas atitudes, transmitem os valores éticos e morais às nossas crianças, temos que nos preocupar imensamente com o rumo que tomou a educação no nosso país.

Nessa perspectiva, considero que existe uma espécie de divergência entre aquilo que são e aquilo que fazem como professores. Por isso é tão necessário insistir na imagem do professor não só como um profissional que transmite conhecimentos, que resolve competentemente o seu trabalho, mas também como alguém que educa através das suas atitudes. É aí que devem focalizar as expressões máximas dos valores e da ética.

Sérgio Bandeira Góes é diretor geral da Organização Pós-Graduação em Educação e Cultura. Contato: sergio@posgrad.com.br
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quinta-feira, 7 de maio de 2009


PROFISSÃO: MÃE!

Há alguns meses, quando pegava as crianças na escola, percebi que uma mãe se aproximara de uma amiga que conhecia bastante. Estava chateada e muito indignada.

Sabe o que você e eu somos? – lhe perguntou, e antes que a amiga pudesse dar-lhe uma resposta, que na verdade não sabia qual era ela mesma respondeu. Parece que vinha de uma repartição onde tinha ido renovar sua carteira de motorista. Quando o funcionário que anotava os dados lhe perguntou qual era a sua ocupação, ela não soube responder.

Ao perceber isto, o funcionário lhe disse: - “ao que me refiro é se a Senhora trabalha ou é simplesmente uma...?”
“Claro que tenho trabalho, lhe contestou, sou uma mãe!”.
E o atendente lhe respondeu: - “não posso por mãe como opção, vamos colocar dona de casa.”.
Foi a resposta enfática do funcionário.

A amiga havia esquecido por completo a história, até que um dia, se passou exatamente o mesmo com ela. A funcionária era obviamente uma mulher executiva, eficiente, elegante, e tinha uma cartela sobre sua mesa onde estava escrito:
“Interrogadora Oficial”:

- “Qual sua ocupação?” ela perguntou.
Como ela iria responder? As palavras simplesmente começaram a sair de sua boca:
- “Sou uma Investigadora Associada no Campo do Desenvolvimento Infantil e Relações Humanas.”

A funcionária deteve a caneta que ficou congelada no ar, e olhou para a mãe como se não estivesse escutado bem.
Repetiu o título lentamente, pondo ênfase nas palavras mais importantes. Logo, observou assombrada como seu pomposo título era escrito em tinta negra no questionário oficial.

- “Permita-me perguntar-lhe”, disse a funcionária com ar de interesse, que é o que exatamente você faz no campo de pesquisa?
Com uma voz muito calma e pausada, se ouviu sua resposta.

- “Tenho um programa contínuo de investigação (que mãe não o tem?) no laboratório e no campo (normalmente se costuma dizer 'dentro' e 'fora' de casa). Estou trabalhando no meu doutorado (a família completa) e já tenho 4 créditos (todas as suas filhas).

Evidente que o trabalho é um dos que mais demanda tempo no campo de humanidades (alguma mãe está em desacordo ?) e usualmente trabalho umas 14 horas diárias (em realidade são mais, algo como 24 horas !). Porém, o trabalho tem muito mais responsabilidades que qualquer trabalho simples, e as remunerações, mais que somente econômicas, também estão ligadas à área da satisfação pessoal.”

Podia-se perceber uma crescente atitude de respeito na voz da funcionária, enquanto completava o formulário. Uma vez terminado o processo, se levantou da cadeira e pessoalmente acompanhou a “Investigadora” à porta.
Ao chegar em casa, emocionada por sua nova carreira profissional, saíram a recebê-la 3 de suas “cobaias” do laboratório, de 13, 7 e 3 anos de idade. Do alto, ela podia escutar a seu novo modelo experimental do programa de crescimento e desenvolvimento infantil (de 6 meses de idade), provando um novo padrão de vocalização.
Sentia-se triunfante!

Havia vencido a burocracia.
Havia entrado nos registros oficiais como uma pessoa mais distinguida e indispensável para a humanidade que somente “uma mãe a mais”.

A maternidade... Que profissão mais brilhante. Especialmente quando tem um título na porta.

As diferentes imagens de uma mãe:
- 4 anos de idade... Minha mamãe pode fazer qualquer coisa.
- 8 anos de idade... Minha mamãe sabe muito! Um montão!
- 12 anos de idade... Minha mãe não sabe absolutamente tudo!
- 14 anos de idade... Naturalmente, mamãe tampouco sabe isto!
- 16 anos de idade... Minha mãe? Ai! É tão antiquada!
- 18 anos de idade... Esta velha? Está totalmente fora de época!
- 25 anos de idade... Bem, pode ser que saiba algo a respeito.
- 35 anos de idade... Antes de decidir, porque não pedimos a opinião da mamãe?
- 45 anos de idade... Pergunto-me, que haveria pensado mamãe a respeito?
- 65 anos de idade... Oxalá pudera comentá-lo com minha mamãe...

Retirado do site www.portaldafamilia.org.br

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O Pardal e a águia

O sol anunciava o final de mais um dia e lá, entre as árvores, estava Andala, um pardal que não se cansava de observar Yan, a grande águia.

Seu vôo preciso, perfeito, enchia seus olhos de admiração.
Sentia vontade em voar como a águia, mas não sabia como o fazer.
Sentia vontade em ser forte como a águia, mas não conseguia assim ser.

Todavia, não cansava de segui-la por entre as árvores só para vislumbrar tamanha beleza...
Um dia estava a voar por entre a mata a observar o vôo de Yan, e de repente a águia sumiu da sua visão.
Voou mais rápido para reencontrá-la, mas a águia havia desaparecido.

Foi quando levou um enorme susto: deparou de uma forma muito repentina com a grande águia a sua frente.
Tentou conter o seu vôo, mas foi impossível, acabou batendo de frente com o belo pássaro.

Caiu desnorteado no chão e quando voltou a si, pode ver aquele pássaro imenso bem ao seu lado observando-o.
Sentiu um calafrio no peito, suas asas ficaram arrepiadas e pôs-se em posição de luta.

A águia em sua quietude apenas o olhava calma e mansamente, e com uma expressão séria, perguntou-lhe:
Por que estás a me vigiar, Andala?

Quero ser uma águia como tu, Yan.
Mas, meu vôo é baixo, pois minhas asas são curtas e vislumbro pouco por não conseguir ultrapassar meus limites.

E como te sentes amigo sem poder desfrutar, usufruir de tudo aquilo que está além do que podes alcançar com tuas pequenas asas?

Sinto tristeza. Uma profunda tristeza. A vontade é muito grande de realizar este sonho... - O pardal suspirou olhando para o chão... E disse:
Todos os dias acordo muito cedo para vê-la voar e caçar.
És tão única, tão bela.

Passo o dia a observar-te. E não voas? Ficas o tempo inteiro a me observar? Indagou Yan.

Sim. A grande verdade é que gostaria de voar como tu voas... Mas as tuas alturas são demasiadas para mim e creio não ter forças para suportar os mesmos ventos que, com graça e experiência, tu cortas harmoniosamente...

Andala, bem sabes que a natureza de cada um de nós é diferente, e isto não quer dizer que nunca poderás voar como uma águia.

Sê firme em teu propósito e deixa que a águia que vive em ti possa dar rumos diferentes aos teus instintos.

Se abrires apenas uma fresta para que esta águia que está em ti possa te guiar, esta dar-te-á a possibilidade de vires a voar tão alto como eu.

Acredita! - E assim, a águia preparou-se para levantar vôo, mas voltou-se novamente ao pequeno pássaro que a ouvia atentamente:

Andala, apenas mais uma coisa: Não poderás voar como uma águia, se não treinares incansavelmente por todos os dias.

O treino é o que dá conhecimento, fortalecimento e compreensão para que possas dar realidade aos teus sonhos.

Se não pões em prática a tua vontade, teu sonho sempre será apenas um sonho.

Esta realidade é apenas para aqueles que não temem quebrar limites, crenças, conhecendo o que deve ser realmente conhecido.

É para aqueles que acreditam serem livres, e quando trazes a liberdade em teu
coração poderás adquirir as formas que desejares, pois já não estarás apegado a nenhuma delas, serás livre!

Um pardal poderá, sempre, transformar-se numa águia, se esta for sua vontade.
Confia em ti e voa, entrega tuas asas aos ventos e aprende o equilíbrio com eles.

Tudo é possível para aqueles que compreenderam que são seres livres, basta apenas acreditar, basta apenas confiar na tua capacidade em aprender e ser feliz com tua escolha!

Autor desconhecido

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